PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Partido de oposição censura atuações de diplomacia de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido da oposição, com três assentos no Parlamento de Cabo Verde, critica a diplomacia cabo-verdiana por dois recentes episódios que, a seu ver, podem ter “potencial de consequências negativas” para a “o prestígio e utilidade” do país, apurou a PANA de fonte segura.
Em comunicado publicado terça-feira última e assinado pelo seu vice-presidente das Relações Externas, Cooperação e Comunidades, Júlio de Carvalho, a UCID refere-se à “pretensão”, mal-sucedida, de Cabo Verde em assumir a presidência da presidência da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Também mencionou o voto do arquipélago cabo-verdiano na Assembleia Geral das Nações Unidas, a 21 de dezembro último, a favor da instalação de representações diplomáticas em Jerusalém e o reconhecimento desta cidade como capital de Israel.
Relativamente ao voto de Cabo Verde na Assembleia Geral das Nações Unidas, a UCID assinala que, tratando-se de uma posição que pode ter “consequências desfavoráveis” no contexto do interesse nacional, representado pelas “relações de amizade e cooperação consolidadas” e “fortes laços históricos” com os Estados Unidos, o Governo “deveria consultar todos os partidos com assento na Assembleia Nacional".
A UCID diz que podia entender que, na sequência dessa consulta, coubesse ao Governo ponderar o que pudesse ser a “melhor posição” no que concerne ao interesse nacional que certamente “está aqui em jogo”.
“Se é certo que a expressiva votação a favor reflete posições que poderão estar alinhadas com a legalidade internacional, não é menos certo que, apesar disso, um conjunto relativamente grande de países preferiram não se pronunciar”, frisou o partido da oposição.
“Resta a Cabo Verde agora explicar à sua comunidade nos Estados Unidos o sentido deste voto e atuar diplomaticamente para mitigar eventuais consequências negativas nas nossas relações com os Estados Unidos”, lê-se ainda o comunicado.
Em relação à candidatura à presidência da Comissão da CEDEAO, em que Cabo Verde saiu derrotado, tratou-se, de acordo com a UCID, de uma “jornada vergonhosa e desprestigiante” para o arquipélago.
Na ótica do partido que se identifica como democrata cristão, foram "uma incompetência e amadorismos evidentes” que devem ser corrigidas com rapidez necessária”.
“O que os dois episódios tem em comum é o facto de as decisões terem sido tomadas sem auscultação politicamente qualificada que, no mínimo, teria de envolver os partidos com assento parlamentar”, indignou-se Júlio de Carvalho, que foi também uma das personalidades que manifestaram a intenção de se candidatar, em nome de Cabo, ao cargo de presidente da Comissão da CEDEAO.
O comunicado termina lembrando ao Governo que, tradicionalmente, para questões de política externas, que põem em jogo grandes interesses nacionais, Cabo Verde deve ter “uma só voz, expressiva por unanimidade”.
-0- PANA CS/DD 04jan2018
Em comunicado publicado terça-feira última e assinado pelo seu vice-presidente das Relações Externas, Cooperação e Comunidades, Júlio de Carvalho, a UCID refere-se à “pretensão”, mal-sucedida, de Cabo Verde em assumir a presidência da presidência da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Também mencionou o voto do arquipélago cabo-verdiano na Assembleia Geral das Nações Unidas, a 21 de dezembro último, a favor da instalação de representações diplomáticas em Jerusalém e o reconhecimento desta cidade como capital de Israel.
Relativamente ao voto de Cabo Verde na Assembleia Geral das Nações Unidas, a UCID assinala que, tratando-se de uma posição que pode ter “consequências desfavoráveis” no contexto do interesse nacional, representado pelas “relações de amizade e cooperação consolidadas” e “fortes laços históricos” com os Estados Unidos, o Governo “deveria consultar todos os partidos com assento na Assembleia Nacional".
A UCID diz que podia entender que, na sequência dessa consulta, coubesse ao Governo ponderar o que pudesse ser a “melhor posição” no que concerne ao interesse nacional que certamente “está aqui em jogo”.
“Se é certo que a expressiva votação a favor reflete posições que poderão estar alinhadas com a legalidade internacional, não é menos certo que, apesar disso, um conjunto relativamente grande de países preferiram não se pronunciar”, frisou o partido da oposição.
“Resta a Cabo Verde agora explicar à sua comunidade nos Estados Unidos o sentido deste voto e atuar diplomaticamente para mitigar eventuais consequências negativas nas nossas relações com os Estados Unidos”, lê-se ainda o comunicado.
Em relação à candidatura à presidência da Comissão da CEDEAO, em que Cabo Verde saiu derrotado, tratou-se, de acordo com a UCID, de uma “jornada vergonhosa e desprestigiante” para o arquipélago.
Na ótica do partido que se identifica como democrata cristão, foram "uma incompetência e amadorismos evidentes” que devem ser corrigidas com rapidez necessária”.
“O que os dois episódios tem em comum é o facto de as decisões terem sido tomadas sem auscultação politicamente qualificada que, no mínimo, teria de envolver os partidos com assento parlamentar”, indignou-se Júlio de Carvalho, que foi também uma das personalidades que manifestaram a intenção de se candidatar, em nome de Cabo, ao cargo de presidente da Comissão da CEDEAO.
O comunicado termina lembrando ao Governo que, tradicionalmente, para questões de política externas, que põem em jogo grandes interesses nacionais, Cabo Verde deve ter “uma só voz, expressiva por unanimidade”.
-0- PANA CS/DD 04jan2018