Partido comunista denuncia detenções arbitrárias no Benin
Cotonou, Benin (PANA) - O Partido Comunista do Benin (PCB) denunciou as detenções generalizadas registadas, há algum tempo, no país, considerando-as arbitrárias.
Num comunicado divulgado neste fim de semana, PCB revela que existem mais de uma centena de presos políticos e de opinião que se juntam aos do período eleitoral.
O partido exige das autoridades o fim de todas as prisões e processos, a libertação de presos políticos e o retorno ao país de todos os políticos exilados.
O PCB observa que as novas prisões afetam mais jovens, ativistas, mulheres, políticos, elementos das forças de defesa e segurança e até estrangeiros.
Sacca Mounirath Garya, Djènontin Elie, Koudjo Emile (prisão civil de Ouidah), Hountondji Alexandre (prisão civil de Cotonou), Joseph Tamègnon (prisão civil de Calavi), Amoussouga Jules (prisão civil de Abomey) e Thibaut Ogou, figurariam entre as pessoas detidas e dispersas em prisões de todo o país em “condições desumanas e por vezes com a recusa de assistência dos seus advogados”, apesar da autorização de comunicação emitida pelo Tribunal de Repressão a Crimes Económicos e Terrorismo (CRIET).
O PCB também deplora a prisão, na quinta-feira, do professor Joël Aïvo, o candidato derrotado da Frente pela Restauração da Democracia, e de outras pessoas ativamente procuradas.
O motivo do “terrorismo” cada vez mais invocado para prender as pessoas não convence o partido, para o qual “as pessoas se divertem com a sua invocação num país tradicionalmente conhecido pelas suas tradições pacíficas”.
-0- PANA IT/IS/MAR/IZ 18abril2021