PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Parlamento cessante nomeia novo primeiro-ministro na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – O Congresso Nacional Geral (CNG), Parlamento cessante da Líbia, designou esta segunda-feira, durante uma sessão plenária na sua sede em Tripoli, Amor al-Hassi como novo primeiro-ministro encarregue de formar um Governo de salvação nacional.
O CNG, cujo mandato terminou com a emposse dum novo Parlamento saído das eleições de 25 de julho último, realizou esta segunda-feira uma sessão durante a qual ele nomeou Amor al-Hass um novo primeiro-ministro à frente dum Governo de salvação nacional, anunciou a cadeia de televisão al-Nabaa, acrescentando que o Congresso decretou o Estado de emergência.
O novo primeiro-ministro, professor universitário originário da cidade de Benghazi, foi candidato derrotado ao posto de primeiro-ministro face a Ahmed Maitigue, cuja eleição foi invalidada pelo Alto Tribunal Constitucional líbio desaprovando o Congresso que o nomeou para este posto.
O CNG líbio anunciou no fim de semana passado a retomada das suas atividades após a vitória do campo da « Fajr Libya », coligação de grupos armados de obediência islamita provenientes da cidade de Misrata e implicados nos confrontos em torno do aeroporto de Tripoli do qual eles tomaram o controlo após mais de 40 dias de combates obstinados contra ex-rebeldes de Zenten que defendem o movimento liberal e que o controlavam desde a destituição do regime de Muamar Kadafi em 2011.
A agenda da sessão de segunda-feira comporta a nomeação dum novo primeiro-ministro e a audição da comissão das legislações e direitos sobre a legalidade da instalação e as reuniões do novo Parlamento em Tobrouk acusado de violação da Declaração Constitucional, espécie de pequena constituição que rege os poderes durante a transição, ao recusar a entrega de pastas em Tripoli convocada pelo presidente do CNG.
O novo Parlamento iniciou as suas funções a 4 de agosto corrente com a participação de 158 dos 188 deputados, provocando uma controvérsia entre os seus membros, cuja minoria apela para o respeito da Declaração Constitucional que estipula que a sede do Parlamento deve ser em Benghazi.
Mas, o problema que precipitou as coisas contra o novo Parlamento que beneficia dum largo apoio regional e internacional é a sua decisão apelando para uma intervenção internacional para proteger os civis e as instituições do Estado, provocando importantes manifestações populares hostis a esta medida.
Outra decisão que aprofundou o hiato entre os dois campos foi a declaração adotada domingo último pelo novo Parlamento na qual ele classificou a « Fajr Libya » e a « Ansar Asharia », que pertencem ao movimento islamita radicial, de « organizações terroristas ».
Vários analistas afirmam que a origem do conflito atual é uma transposição da luta entre dois movimentos políticos surgidos na Líbia após a Revolução de 17 de Fevereiro, nomeadamente os movimentos islamita e o liberal.
A ofensiva militar lançada pela « Fajr Libya » visa compensar no terreno a esmagadora derrota do movimento islamita nas últimas eleições legislativas de 25 de junho que deram lugar a um Parlamento essencialmente liberal.
O regresso do CNG cessante dominado pelos islamitas e que foi rejeitado por uma importante parte dos Líbios que o acusam de ter fracasso em restabelecer a segurança e reconstruir o país denota esta vontade dos islamitas de se apropriar do poder, segundo os analistas.
-0- PANA/BY/BEH/FK/TON 25 ago 2014
O CNG, cujo mandato terminou com a emposse dum novo Parlamento saído das eleições de 25 de julho último, realizou esta segunda-feira uma sessão durante a qual ele nomeou Amor al-Hass um novo primeiro-ministro à frente dum Governo de salvação nacional, anunciou a cadeia de televisão al-Nabaa, acrescentando que o Congresso decretou o Estado de emergência.
O novo primeiro-ministro, professor universitário originário da cidade de Benghazi, foi candidato derrotado ao posto de primeiro-ministro face a Ahmed Maitigue, cuja eleição foi invalidada pelo Alto Tribunal Constitucional líbio desaprovando o Congresso que o nomeou para este posto.
O CNG líbio anunciou no fim de semana passado a retomada das suas atividades após a vitória do campo da « Fajr Libya », coligação de grupos armados de obediência islamita provenientes da cidade de Misrata e implicados nos confrontos em torno do aeroporto de Tripoli do qual eles tomaram o controlo após mais de 40 dias de combates obstinados contra ex-rebeldes de Zenten que defendem o movimento liberal e que o controlavam desde a destituição do regime de Muamar Kadafi em 2011.
A agenda da sessão de segunda-feira comporta a nomeação dum novo primeiro-ministro e a audição da comissão das legislações e direitos sobre a legalidade da instalação e as reuniões do novo Parlamento em Tobrouk acusado de violação da Declaração Constitucional, espécie de pequena constituição que rege os poderes durante a transição, ao recusar a entrega de pastas em Tripoli convocada pelo presidente do CNG.
O novo Parlamento iniciou as suas funções a 4 de agosto corrente com a participação de 158 dos 188 deputados, provocando uma controvérsia entre os seus membros, cuja minoria apela para o respeito da Declaração Constitucional que estipula que a sede do Parlamento deve ser em Benghazi.
Mas, o problema que precipitou as coisas contra o novo Parlamento que beneficia dum largo apoio regional e internacional é a sua decisão apelando para uma intervenção internacional para proteger os civis e as instituições do Estado, provocando importantes manifestações populares hostis a esta medida.
Outra decisão que aprofundou o hiato entre os dois campos foi a declaração adotada domingo último pelo novo Parlamento na qual ele classificou a « Fajr Libya » e a « Ansar Asharia », que pertencem ao movimento islamita radicial, de « organizações terroristas ».
Vários analistas afirmam que a origem do conflito atual é uma transposição da luta entre dois movimentos políticos surgidos na Líbia após a Revolução de 17 de Fevereiro, nomeadamente os movimentos islamita e o liberal.
A ofensiva militar lançada pela « Fajr Libya » visa compensar no terreno a esmagadora derrota do movimento islamita nas últimas eleições legislativas de 25 de junho que deram lugar a um Parlamento essencialmente liberal.
O regresso do CNG cessante dominado pelos islamitas e que foi rejeitado por uma importante parte dos Líbios que o acusam de ter fracasso em restabelecer a segurança e reconstruir o país denota esta vontade dos islamitas de se apropriar do poder, segundo os analistas.
-0- PANA/BY/BEH/FK/TON 25 ago 2014