PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Parlamento cabo-verdiano presta homenagem a Nelson Mandela
Praia, Cabo Verde (PANA) – Os três partidos políticos cabo-verdianos representados no Parlamento prestaram, segunda-feira, uma sentida homenagem ao ex-Presidente sul-africano, Nelson Mandela, falecido quinta-feira, aos 95 anos de idade.
A sessão plenária do mês de dezembro começou com um minuto de silêncio em memória de Nelson Mandela, e ficou marcada pelas intervenções dos representantes da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), do Movimento para a Democracia (MpD, maior partido da oposição), e do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, poder).
Todos eles destacaram a "figura ímpar" do grande timoneiro da luta que pôs fim ao regime do Apartheid na África do Sul.
O líder da UCID, António Monteiro, começou por manifestar “profundo pesar” pela morte de Nelson Mandela, que considerou “o expoente máximo da humanidade nos últimos 100 anos”, um guerreiro contra o Apartheid e pela dignificação do seu povo.
Para António Monteiro, apagou-se uma luz na terra para nascer uma estrela na imensidão do universo, mas que deixou a todos os homens e povos uma lição “muito simples”: como lidar com aqueles que consideramos inimigos, como viver com valores como a solidariedade e não apego ao poder, como colocar o interesse de uma sociedade acima dos nossos próprios.
Intervindo em nome do MpD, o deputado e antigo líder desse partido, Carlos Veiga, que foi primeiro-ministro de Cabo Verde (1991-2000), disse que “de uma figura tão extraordinária e rara, que orgulha toda África e Humanidade, não se chora a morte: lamenta-se a perda, mas concentra-se na obra que deixa e celebra-se a sua vida”.
"Segue-se o exemplo, tornando cada vez mais real o ideal por que viveu e lutou”, disse.
No entender de Carlos Veiga, citando Dalai Lama, a maior homenagem que se pode prestar a Nelson Mandela é “fazer tudo o que podermos para contribuir para honrar a unidade da humanidade e trabalhar pela paz e pela reconciliação como ele fez”.
Também o líder da bancada parlamentar do PAICV, Felisberto Vieira, destacou o contributo valioso dado pela proposta de Nelson Mandela de “liderança servidora” e o mensageiro da paz, que se tornou “num gigante na revelação do melhor do ser humano, pleno de coragem, pela capacidade de perdoar e amar o próximo, sempre firme na ideia de ajudar os outros a fazerem o mesmo”.
De acordo com Felisberto Vieira, Madiba (Mandela) deixa para a aprendizagem da humanidade “o sentido autêntico de que a liderança tem ciclos ascendentes e descendentes”, pelo que é preciso viver com êxitos e insucessos, com discernimento e sem apego ao poder.
O PAICV curvou-se, por isso, perante essa “personalidade tão forte, dedicada a valores e causas para proporcionar uma cada vez maior dignidade humana” àqueles a quem serviu como fonte inspiradora de todos os que lutam, com coragem e sentido de bem servir, para uma vida melhor, afirmou.
Nelson Mandela morreu, na quinta-feira, na África do Sul, e o seu corpo será enterrado a 15 de dezembro em Qunu, onde ele passou a infância, na província do Cabo Oriental (sul).
Cabo Verde vai estar representado nas cerimónias fúnebres pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que escalou a capital angolana, Luanda, a caminho da África do Sul.
O país observa desde a meia-noite e sábado um luto nacional de três dias, decretado pelo Governo, em homenagem ao falecido líder sul-africano.
-0- PANA CS/IZ 09dez2013
A sessão plenária do mês de dezembro começou com um minuto de silêncio em memória de Nelson Mandela, e ficou marcada pelas intervenções dos representantes da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), do Movimento para a Democracia (MpD, maior partido da oposição), e do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, poder).
Todos eles destacaram a "figura ímpar" do grande timoneiro da luta que pôs fim ao regime do Apartheid na África do Sul.
O líder da UCID, António Monteiro, começou por manifestar “profundo pesar” pela morte de Nelson Mandela, que considerou “o expoente máximo da humanidade nos últimos 100 anos”, um guerreiro contra o Apartheid e pela dignificação do seu povo.
Para António Monteiro, apagou-se uma luz na terra para nascer uma estrela na imensidão do universo, mas que deixou a todos os homens e povos uma lição “muito simples”: como lidar com aqueles que consideramos inimigos, como viver com valores como a solidariedade e não apego ao poder, como colocar o interesse de uma sociedade acima dos nossos próprios.
Intervindo em nome do MpD, o deputado e antigo líder desse partido, Carlos Veiga, que foi primeiro-ministro de Cabo Verde (1991-2000), disse que “de uma figura tão extraordinária e rara, que orgulha toda África e Humanidade, não se chora a morte: lamenta-se a perda, mas concentra-se na obra que deixa e celebra-se a sua vida”.
"Segue-se o exemplo, tornando cada vez mais real o ideal por que viveu e lutou”, disse.
No entender de Carlos Veiga, citando Dalai Lama, a maior homenagem que se pode prestar a Nelson Mandela é “fazer tudo o que podermos para contribuir para honrar a unidade da humanidade e trabalhar pela paz e pela reconciliação como ele fez”.
Também o líder da bancada parlamentar do PAICV, Felisberto Vieira, destacou o contributo valioso dado pela proposta de Nelson Mandela de “liderança servidora” e o mensageiro da paz, que se tornou “num gigante na revelação do melhor do ser humano, pleno de coragem, pela capacidade de perdoar e amar o próximo, sempre firme na ideia de ajudar os outros a fazerem o mesmo”.
De acordo com Felisberto Vieira, Madiba (Mandela) deixa para a aprendizagem da humanidade “o sentido autêntico de que a liderança tem ciclos ascendentes e descendentes”, pelo que é preciso viver com êxitos e insucessos, com discernimento e sem apego ao poder.
O PAICV curvou-se, por isso, perante essa “personalidade tão forte, dedicada a valores e causas para proporcionar uma cada vez maior dignidade humana” àqueles a quem serviu como fonte inspiradora de todos os que lutam, com coragem e sentido de bem servir, para uma vida melhor, afirmou.
Nelson Mandela morreu, na quinta-feira, na África do Sul, e o seu corpo será enterrado a 15 de dezembro em Qunu, onde ele passou a infância, na província do Cabo Oriental (sul).
Cabo Verde vai estar representado nas cerimónias fúnebres pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que escalou a capital angolana, Luanda, a caminho da África do Sul.
O país observa desde a meia-noite e sábado um luto nacional de três dias, decretado pelo Governo, em homenagem ao falecido líder sul-africano.
-0- PANA CS/IZ 09dez2013