PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Parlamento burundês dividido sobre composição e papel da nova CENI
Bujumbura- Burundi (PANA) -- O quórum necessário de dois terços dos representantes do povo não foi alcançado, terça-feira de manhã, no Parlamento burundês, para proceder normalmente à votação de um projecto de lei relativo à composição e missões dos membros de uma nova Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), soube-se de fonte oficial em Bujumbura.
Esta situação deveu-se ao boicote da sessão extraordinária pelos parlamentares descontentes da oposição.
A reunião foi adiada sine die e ignora-se de momento se o chefe do Estado burundês, Pierre Nkurunziza, será obrigado a ceder às pressões da oposição como já o fez no passado para desbloquear a situação, de acordo com a mesma fonte.
As razões desta blocagem teriam a ver com o facto de os principais partidos políticos da oposição parlamentar não terem sido consultados bastante sobre a escolha dos membros da nova CENI composta por cinco membros na perspectiva das segundas eleições gerais pós-conflito marcadas para 2010.
A Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU, principal partido da oposição) e a Unidade para o Progresso Nacional (UPRONA, ex-partido único) já estavam a rivalizar, na véspera, em comunicados de imprensa e declarações segundo as quais não participarão na sessão extraordinária convocada pelo Presidente da República, Pierre Nkurunziza, para a votação do projecto de lei controversa.
O nome da actual ministra da Função Pública, Clotilde Niragira, foi proposto pelo chefe do Estado burundês para presidir à CENI, segundo rumores colhidos terça-feira nos corredores do hemiciclo de Kigobe, a sede oficial da Assembleia Nacional do Burundi.
A quota de popularidade desta senhora, jurista de formação, não era tão considerável nos ciclos políticos da oposição, quando estava à frente do ministério da Justiça, num passado recente.
A oposição acusa-a, nomeadamente, de pertencer hoje ao partido no poder, o que poderá, diz-se ai, pôr em dúvida a sua imparcialdade na pilotagem do processo eleitoral.
A outra grande figura da nova CENI seria Sylvie Kinigi, uma ex- primeira-ministra durante o poder efémero do falecido Melchior Ndadaye, o Presidente burundês democraticamente eleito em Julho de 1993 mas assassinado três meses mais tarde no mesmo ano num golpe militar.
A opinião pública nacional guarda de Kinigi, membro da UPRONA, a lembrança duma gestão "caótica" pós-golpe de Estado caracterizada por massacres interétnicos sem precedentes.
Dois religiosos e um alto quadro do Estado no ministério das Obras Públicas e Equipamento figuram igualmente entre outras personalidades pressentidas para integrar a nova CENI.
Esta situação deveu-se ao boicote da sessão extraordinária pelos parlamentares descontentes da oposição.
A reunião foi adiada sine die e ignora-se de momento se o chefe do Estado burundês, Pierre Nkurunziza, será obrigado a ceder às pressões da oposição como já o fez no passado para desbloquear a situação, de acordo com a mesma fonte.
As razões desta blocagem teriam a ver com o facto de os principais partidos políticos da oposição parlamentar não terem sido consultados bastante sobre a escolha dos membros da nova CENI composta por cinco membros na perspectiva das segundas eleições gerais pós-conflito marcadas para 2010.
A Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU, principal partido da oposição) e a Unidade para o Progresso Nacional (UPRONA, ex-partido único) já estavam a rivalizar, na véspera, em comunicados de imprensa e declarações segundo as quais não participarão na sessão extraordinária convocada pelo Presidente da República, Pierre Nkurunziza, para a votação do projecto de lei controversa.
O nome da actual ministra da Função Pública, Clotilde Niragira, foi proposto pelo chefe do Estado burundês para presidir à CENI, segundo rumores colhidos terça-feira nos corredores do hemiciclo de Kigobe, a sede oficial da Assembleia Nacional do Burundi.
A quota de popularidade desta senhora, jurista de formação, não era tão considerável nos ciclos políticos da oposição, quando estava à frente do ministério da Justiça, num passado recente.
A oposição acusa-a, nomeadamente, de pertencer hoje ao partido no poder, o que poderá, diz-se ai, pôr em dúvida a sua imparcialdade na pilotagem do processo eleitoral.
A outra grande figura da nova CENI seria Sylvie Kinigi, uma ex- primeira-ministra durante o poder efémero do falecido Melchior Ndadaye, o Presidente burundês democraticamente eleito em Julho de 1993 mas assassinado três meses mais tarde no mesmo ano num golpe militar.
A opinião pública nacional guarda de Kinigi, membro da UPRONA, a lembrança duma gestão "caótica" pós-golpe de Estado caracterizada por massacres interétnicos sem precedentes.
Dois religiosos e um alto quadro do Estado no ministério das Obras Públicas e Equipamento figuram igualmente entre outras personalidades pressentidas para integrar a nova CENI.