Parlamento Pan-africano preocupado com situação na Líbia
Cartum, Sudão (PANA) – O Parlamento Pan-africano (PAP) declarou-se "gravemente preocupado" pelos recentes desenvolvimentos da situação na Líbia, segundo um comunicado de imprensa a que a PANA teve acesso em Cartum.
Na nota, transmitida à PANA terça-feira última, o PAP disse acompanhar de perto a evolução da situação social, humanitária e de segurança na Líbia com uma viva preocupação.
Exorta os Líbios a encontrarem uma solução líbia ou africana face à situação atual que prevalece no seu país.
"O Parlamento condena o sofrimento do povo líbio e exorta-os a entenderem-se sobre uma solução líbia ou africana face à situação alarmante no país”, indica o comunicado.
O PAP disse notar o último recrudescimento de violência na Líbia que agravou os sofrimentos do povo, podendo a mesma comprometer o seu futuro.
O PAP deplora que o povo líbio tenha sido tomado como refém há vários anos, numa situação de aflição, ficando assim à mercê dos beligerentes internos como externos.
"O Parlamento panafricano condena com a última energia a continuação da ação militar na Líbia que põe em perigo os esforços de paz e contribui para a escalada do conflito”, declara o órgão legislativo pan-africano.
Sediado na África do Sul, este último reitera a sua dedicação ao papel unificador de Tripoli, a capital de todos os Líbios, que continua a ser uma linha vermelha intransponível.
O Parlamento Panafricano advoga a cessação das hostilidades militares pelas partes em conflito e a retomada do diálogo político inclusivo a fim de se alcançar um consenso que faça do interesse geral uma prioridade.”
Para o PAP, antes de tudo, uma tal solução deve focalizar-se na consolidação da coesão do povo líbio e na proteção da integridade territorial e na soberania nacional da Líbia.
Segundo o comunicado de imprensa, o a casa de leis pan-africana pediu a Comunidade internacional e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para instaurar medidas que vão ocasionar um cessar-fogo mais eficaz e relançar o processo político.
Estas soluções devem ser realizadas no quadro duma coordenação regional e internacional para um objetivo comum e no estrito respeito pelos aspetos pertinentes do direito internacional, lê-se no comunicado.
-0- PANA MO/AR/NFB/BEH/MAR/DD 17jan2020