PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Papa Francisco cancela visita à RD Congo
Bruxelas, Bélgica (PANA) - O Papa Francisco anulou uma viagem que devia efetuar no decurso de 2017 à República Democrática do Congo (RDC) sem contudo fornecer pormenores sobre esta decisão.
O sumo pontífice fez este anúncio numa entrevista ao jornal alemão Die Zeit, retomado pela imprensa belga quinta-feira.
Mas, segundo a imprensa especializada da diplomacia do Vaticano, o Papa Francisco tomou esta decisão para evitar à opinião pensar que ele apoia o Presidente congolês, Joseph Kabila, doravante ilegítimo porque está fora do mandato.
De facto, numa visita ao Vaticano em setembro de 2016, o Presidente Kabila entregara um convite ao sumo pontífice para se deslocar em 2017 à RD Congo, referiu a imprensa especializada.
Segundo a mesma fonte, esta decisão papal foi tomada porque a Igreja Católica congolesa atravessa atualmente uma fase difícil na RD Congo onde numerosas paróquias foram atacadas e pilhadas por grupos de jovens drogados e instrumentalizados por partidos políticos.
Estes jovens, que difundem as suas ameaças nas redes sociais da Internet, acusam à Igreja Católica de se imiscuir na crise política que atravessa o país.
Com efeito, os prelados católicos da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) desempenham, desde dezembro último, um papel de mediação entre os protagonistas políticos congoleses para tentarem tirar o país da profunda crise política que o afeta.
A mediação facilitou, a 31 de dezembro de 2016, a assinatura, entre o poder instituído e a oposição, do Acordo Global e Inclusivo que devia pôr termo à crise.
Além destes motivos, se a visita se efetivasse, o Papa Francisco deveria ser acolhido pelo Cardeal Laurent Monsengwo, o mais alto prelado católico na hierárquia da igreja católica congolesa, que no entanto deve passar à reforma nos próximos meses, devido ao limite de idade.
O Papa deve nomear o sucessor de Monsegwo que poderá ser o Monsenhor Nlandu Daniel, bispo de Matadi, na província do Baixo Congo Central, doutor em teologia, diplomado duma universidade do Vaticano.
Este último sucedeu ao defunto Cardeal Joseph Malula, bispo de Kinshasa, antes de ser transferido para Matadi.
A RD Congo conta mais de 70 milhões de habitantes, dos quais mais de 80 porcento de católicos.
-0- PANA AK/JSG/MAR/DD 16mar2017
O sumo pontífice fez este anúncio numa entrevista ao jornal alemão Die Zeit, retomado pela imprensa belga quinta-feira.
Mas, segundo a imprensa especializada da diplomacia do Vaticano, o Papa Francisco tomou esta decisão para evitar à opinião pensar que ele apoia o Presidente congolês, Joseph Kabila, doravante ilegítimo porque está fora do mandato.
De facto, numa visita ao Vaticano em setembro de 2016, o Presidente Kabila entregara um convite ao sumo pontífice para se deslocar em 2017 à RD Congo, referiu a imprensa especializada.
Segundo a mesma fonte, esta decisão papal foi tomada porque a Igreja Católica congolesa atravessa atualmente uma fase difícil na RD Congo onde numerosas paróquias foram atacadas e pilhadas por grupos de jovens drogados e instrumentalizados por partidos políticos.
Estes jovens, que difundem as suas ameaças nas redes sociais da Internet, acusam à Igreja Católica de se imiscuir na crise política que atravessa o país.
Com efeito, os prelados católicos da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) desempenham, desde dezembro último, um papel de mediação entre os protagonistas políticos congoleses para tentarem tirar o país da profunda crise política que o afeta.
A mediação facilitou, a 31 de dezembro de 2016, a assinatura, entre o poder instituído e a oposição, do Acordo Global e Inclusivo que devia pôr termo à crise.
Além destes motivos, se a visita se efetivasse, o Papa Francisco deveria ser acolhido pelo Cardeal Laurent Monsengwo, o mais alto prelado católico na hierárquia da igreja católica congolesa, que no entanto deve passar à reforma nos próximos meses, devido ao limite de idade.
O Papa deve nomear o sucessor de Monsegwo que poderá ser o Monsenhor Nlandu Daniel, bispo de Matadi, na província do Baixo Congo Central, doutor em teologia, diplomado duma universidade do Vaticano.
Este último sucedeu ao defunto Cardeal Joseph Malula, bispo de Kinshasa, antes de ser transferido para Matadi.
A RD Congo conta mais de 70 milhões de habitantes, dos quais mais de 80 porcento de católicos.
-0- PANA AK/JSG/MAR/DD 16mar2017