Agência Panafricana de Notícias

Papa Bento XVI muda chefia da Igreja Católica em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Papa Bento XVI aceitou a renúncia do bispo da Diocese da ilha cabo-verdiana de Santiago, D.
Paulino Évora, e nomeou em sua substituição D.
Arlindo Gomes Furtado, actual bispo do Mindelo, soube a PANA quarta-feira na Praia de fonte eclesiástica.
Até Fevereiro de 2004, com a criação da Diocese de Mindelo pelo Papa João Paulo II, Cabo Verde possuía um único bispado, o mais antigo de África criado pelo Papa Clemente V em 31 de Janeiro de 1533 a pedido de D.
João III de Portugal.
Há cerca de cinco anos, o falecido Papa João Paulo II criou a Diocese do Mindelo, com jurisdição sobre as ilhas da região do Barlavento, no norte do arquipélago, indicando para D.
Arlindo Gomes Furtado para a sua chefia.
A hierarquia da Igreja Católica, confissão religiosa professada pela grande maioria da população de Cabo Verde, era chefiada desde a independência do país, em Julho de 1975, por D.
Paulino Évora que, aos 78 anos de idade, solicitou a sua renúncia ao cargo.
Com a sua nomeação para bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde, D.
Arlindo Furtado, acumula o cargo como o de administrador apostólico da Diocese do Mindelo, até a nomeação de um outro prelado para assumir a chefia do segundo bispado do arquipélago.
Entretanto, o Governo, numa mensagem de felicitação ao novo bispo da Diocese de Santiago, considera que esta nomeação é o reconhecimento pelo contributo que ele tem dado à Igreja Católica, através do “incansável trabalho que vem fazendo junto do povo cabo-verdiano”.
O Governo reconhece e valoriza o trabalho de D.
Arlindo Furtado, “especialmente” pela atenção que ele tem dado às questões sociais, “com a permanente preocupação de auxiliar e apoiar os mais vulneráveis”.
Na mensagem, o Executivo cabo-verdiano sublinha também que o nome de D.
Paulino Évora fica indelevelmente registado na história da Igreja Católica em Cabo Verde, não só como primeiro bispo cabo-verdiano, mas também como a personalidade que guiou a principal confissão religiosa do país em momentos cruciais como a independência nacional e a transição democrática em 1991.