PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Países da África Ocidental afetados estudam Plano de Recuperação pós-Ébola
Dar es Salam, Tanzânia (PANA) – Os três países mais afetados pela epidemia do Ébola na África Ocidental estão a trabalhar num plano de recuperação pós-Ébola, declarou o ministro das Finanças da Serra Leoa, Kaifala Marah.
Falando numa conferência de imprensa, no fim de semana, durante as reuniões anuais de 2014 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), em Washington, o ministro anunciou estar em concertação com com os seus homólogos da Guiné-Conakry e da Libéria para explorar uma estratégia pós-Ébola.
"Decidimos elaborar uma estratégia global a partilhar com os nossos parceiros, tanto a nível bilateral como multilateral", declarou Mara antes de acrescentar que eles resolveram igualmente "recorrer a estratégias nacionais que possam ajudar os nossos países a sair desta fase".
Segundo um comunicado do FMI entregue à PANA, Marah lembrou que, graças ao seu sólido setor mineiro, a Serra Leoa foi, até recentemente, uma das economias mais dinâmicas de África.
"A nossa taxa de crescimento para este ano estava fixada em 11,3 porcento; a nossa economia comportou-se bem e as nossas bases macroeconómicas eram igualmente fortes. Fizemos progressos com as estradas, a energia, o turismo e a agricultura", frisou.
Segundo ele, os fluxos de investimento estrangeiro eram igualmente elevados com a atração das grandes empresas, e o Governo reexaminou a data limite de 2035 para o alcance, pela Serra Leoa, do estatuto de país de rendimento intermédio, com vista a aproximá-la.
"Depois veio o Ébola em maio, e tudo retrocedeu. O Ébola fez-me começar a compreender que a fragilidade é um ciclo vicioso, porque se tivéssemos boas instituições e recursos humanos adequados para enfrentar o vírus do Ébola, não teríamos sofrido como sofremos", realçou.
Marah revelou que as empresas mineiras reduziram as suas operações na Serra Leoa e que a atividade manufatureira diminuiu.
"O cacau e o café que representam 90 porcento das exportações agrícolas estão igualmente em baixa agora, porque as pessoas abandonaram as suas fazendas, porque todo o mundo foge o Ébola. O setor da construção vai igualmente mal porque a maioria dos empresários abandonaram os seus sítios", prosseguiu.
O ministro precisou que o turismo baixou 50 a 60 porcento, enquanto os voos aéreos estão em vias de estagnação o que estrangula toda a sub-região. "Estamos isolados. Que seja uma melhor prática ou uma estratégia global, necessitamos de conselhos. Mas isto mata realmente as nossas economias", desabafou Marah que acrescentou que o isolamento constitui um "embargo económico" na sub-região.
Congratulando-se com a resposta internacional à epidemia do Ébola, o governante serraleonês declarou que, embora o mundo tenha levado tempo para reagir, "estamos satisfeitos com o reconhecimento mundial de que o vírus do Ébola não é apenas um caso sub-regional, mas um desafio mundial para a humanidade".
-0- PANA AR/ASA/BEH/MAR/IZ 13out2014
Falando numa conferência de imprensa, no fim de semana, durante as reuniões anuais de 2014 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), em Washington, o ministro anunciou estar em concertação com com os seus homólogos da Guiné-Conakry e da Libéria para explorar uma estratégia pós-Ébola.
"Decidimos elaborar uma estratégia global a partilhar com os nossos parceiros, tanto a nível bilateral como multilateral", declarou Mara antes de acrescentar que eles resolveram igualmente "recorrer a estratégias nacionais que possam ajudar os nossos países a sair desta fase".
Segundo um comunicado do FMI entregue à PANA, Marah lembrou que, graças ao seu sólido setor mineiro, a Serra Leoa foi, até recentemente, uma das economias mais dinâmicas de África.
"A nossa taxa de crescimento para este ano estava fixada em 11,3 porcento; a nossa economia comportou-se bem e as nossas bases macroeconómicas eram igualmente fortes. Fizemos progressos com as estradas, a energia, o turismo e a agricultura", frisou.
Segundo ele, os fluxos de investimento estrangeiro eram igualmente elevados com a atração das grandes empresas, e o Governo reexaminou a data limite de 2035 para o alcance, pela Serra Leoa, do estatuto de país de rendimento intermédio, com vista a aproximá-la.
"Depois veio o Ébola em maio, e tudo retrocedeu. O Ébola fez-me começar a compreender que a fragilidade é um ciclo vicioso, porque se tivéssemos boas instituições e recursos humanos adequados para enfrentar o vírus do Ébola, não teríamos sofrido como sofremos", realçou.
Marah revelou que as empresas mineiras reduziram as suas operações na Serra Leoa e que a atividade manufatureira diminuiu.
"O cacau e o café que representam 90 porcento das exportações agrícolas estão igualmente em baixa agora, porque as pessoas abandonaram as suas fazendas, porque todo o mundo foge o Ébola. O setor da construção vai igualmente mal porque a maioria dos empresários abandonaram os seus sítios", prosseguiu.
O ministro precisou que o turismo baixou 50 a 60 porcento, enquanto os voos aéreos estão em vias de estagnação o que estrangula toda a sub-região. "Estamos isolados. Que seja uma melhor prática ou uma estratégia global, necessitamos de conselhos. Mas isto mata realmente as nossas economias", desabafou Marah que acrescentou que o isolamento constitui um "embargo económico" na sub-região.
Congratulando-se com a resposta internacional à epidemia do Ébola, o governante serraleonês declarou que, embora o mundo tenha levado tempo para reagir, "estamos satisfeitos com o reconhecimento mundial de que o vírus do Ébola não é apenas um caso sub-regional, mas um desafio mundial para a humanidade".
-0- PANA AR/ASA/BEH/MAR/IZ 13out2014