PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
PRS em Cabo Verde apoia Governo no conflito com Presidente da Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - A representação em Cabo Verde do Partido da Renovação Social (PRS), principal força política da oposição na Guiné-Bissau, manifestou o seu "apoio incondicional" ao atual Governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira no conflito que o opõe ao Presidente da República, José Mário Vaz.
Através de um comunicado enviado sábado à imprensa, na cidade da Praia, a representação do PRS em Cabo Verde justificou a sua posição de apoio a Domingos Simões Pereira “com os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo atual Governo guineense”.
Para a representação do PRS em Cabo Verde, a crise política na Guiné-Bissau está a acontecer num contexto em que a normalidade do funcionamento das instituições é imperativa, para a ainda "débil" estabilidade política e governativa no país.
"A representação do PRS em Cabo Verde, consternada, lamenta profundamente a atual situação política tensa vivida na Guiné-Bissau entre instituições da República afetas à mesma formação política que sustenta o Governo e vencedor da última eleição", lê-se no comunicado.
Neste sentido, os sociais-democratas pediram ponderação ao Presidente da República, José Mário Vaz, para que ele assuma as suas responsabilidades como "filho digno da terra".
O PRS apelou ainda à comunidade internacional, a organizações políticas e à sociedade guineense para refletirem "profundamente" sobre as razões da queda do Governo, tendo em conta os atrasos que o país tem tido ao longo dos anos da sua independência.
Na passada sexta-feira, cerca de 100 Bissau-guineenses residentes em Cabo Verde fizeram uma manifestação que terminou à frente do Consulado Geral da Guiné-Bissau, em Palmarejo, cidade da Praia, onde entregaram uma carta a pedir paz.
O presidente da Associação dos Bissau-guineenses residentes em Cabo Verde, Fernando Baldé, explicou que a carta endereçada ao Presidente da República leva um pedido de diálogo “no sentido de se evitar mais instabilidade naquele país”.
A missiva sublinha ainda que caso o Presidente “realmente tiver a intenção de demitir o Governo, que reconsidere”.
Também o Governo de Cabo Verde já anunciou que está a acompanhar "com muita atenção e muita preocupação" a situação política na Guiné-Bissau e espera que se preserve a estabilidade social e política.
A atual crise política na Guiné-Bissau ganhou proporções preocupantes com as recentes acusações do primeiro-ministro Domingos Preira, em como o Presidente da Republica quer derrubar o Governo.
A Presidência da República da Guiné-Bissau reagiu, em comunicado, classificando como "calunioso e ofensivo" o teor da declaração de Domingos Simões Pereira.
"O teor da comunicação é descortês, calunioso e ofensivo para o chefe de Estado. Mais do que demonstrar a existência de uma grave crise política, vem agravar ainda o já por si frágil clima no racionamento entre os dois órgãos de soberania"..
Este desentendimento que pode ter consequência ainda imprevisíveis surge numa altura em que tanto os Bissau-guineenses como a Comunidade Internacional já começavam a acreditar na paz duradoura e na prosperidade na Guiné-Bissau, depois de sucessivas crises políticas que culminaram em golpes de Estado, protagonizados por militares.
-0- PANA CS/IZ 09ago2015
Através de um comunicado enviado sábado à imprensa, na cidade da Praia, a representação do PRS em Cabo Verde justificou a sua posição de apoio a Domingos Simões Pereira “com os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo atual Governo guineense”.
Para a representação do PRS em Cabo Verde, a crise política na Guiné-Bissau está a acontecer num contexto em que a normalidade do funcionamento das instituições é imperativa, para a ainda "débil" estabilidade política e governativa no país.
"A representação do PRS em Cabo Verde, consternada, lamenta profundamente a atual situação política tensa vivida na Guiné-Bissau entre instituições da República afetas à mesma formação política que sustenta o Governo e vencedor da última eleição", lê-se no comunicado.
Neste sentido, os sociais-democratas pediram ponderação ao Presidente da República, José Mário Vaz, para que ele assuma as suas responsabilidades como "filho digno da terra".
O PRS apelou ainda à comunidade internacional, a organizações políticas e à sociedade guineense para refletirem "profundamente" sobre as razões da queda do Governo, tendo em conta os atrasos que o país tem tido ao longo dos anos da sua independência.
Na passada sexta-feira, cerca de 100 Bissau-guineenses residentes em Cabo Verde fizeram uma manifestação que terminou à frente do Consulado Geral da Guiné-Bissau, em Palmarejo, cidade da Praia, onde entregaram uma carta a pedir paz.
O presidente da Associação dos Bissau-guineenses residentes em Cabo Verde, Fernando Baldé, explicou que a carta endereçada ao Presidente da República leva um pedido de diálogo “no sentido de se evitar mais instabilidade naquele país”.
A missiva sublinha ainda que caso o Presidente “realmente tiver a intenção de demitir o Governo, que reconsidere”.
Também o Governo de Cabo Verde já anunciou que está a acompanhar "com muita atenção e muita preocupação" a situação política na Guiné-Bissau e espera que se preserve a estabilidade social e política.
A atual crise política na Guiné-Bissau ganhou proporções preocupantes com as recentes acusações do primeiro-ministro Domingos Preira, em como o Presidente da Republica quer derrubar o Governo.
A Presidência da República da Guiné-Bissau reagiu, em comunicado, classificando como "calunioso e ofensivo" o teor da declaração de Domingos Simões Pereira.
"O teor da comunicação é descortês, calunioso e ofensivo para o chefe de Estado. Mais do que demonstrar a existência de uma grave crise política, vem agravar ainda o já por si frágil clima no racionamento entre os dois órgãos de soberania"..
Este desentendimento que pode ter consequência ainda imprevisíveis surge numa altura em que tanto os Bissau-guineenses como a Comunidade Internacional já começavam a acreditar na paz duradoura e na prosperidade na Guiné-Bissau, depois de sucessivas crises políticas que culminaram em golpes de Estado, protagonizados por militares.
-0- PANA CS/IZ 09ago2015