Agência Panafricana de Notícias

PNUD saúda organização do referendo no Sul Sudão

Dar-es-Salaam, Tanzânia (PANA) – Na sequência do anuncio dos resultados defintivos do referendo no Sul Sudão, que abriram a via da independência total desta região, a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark, feicitou o povo sudanês pela transparência que marcou o escrutínio referendário.

Num comunicado transmitido à PANA, terça-feira, Clark saudou o papel da Comissão encarregue do referendo no Sul Sudão sediada em Cartum, a capital do Sudão, e o seu escritório sito em Juba, a capital do Sul Sudão.

Ela exprimiu igualmente os seus agradecimentos a todos os parceiros internacionais que apoiaram o processo.

O PNUD, através da Divisão refendário e eleitoral integrada das Nações Unidas, contribuiu com o abastecimento de urnas e kits de inscrição para as campanhas de incrição nas listas eleitorais, a logística e o apoio técnico.

"O povo do Sul-Sudão espera que o novo Estado forneça serviços como a segurança, a saúde e a educação", indicou Clark.

"O PNUD vai acompanhar o povo sudanês durante a próxima etapa que consiste em construir um Estado forte, estável e próximo das populações. O PNUD trabalha com o Governo do Sul Sudão para reforçar as funções essenciais deste Governo e tornar os processos eficientes, nomeadamente nas áreas do Estado de Direito, da segurança e das finanças públicas", acrescentou.

Graças à assistência dos doadores de fundos internacionais e dos países vizinhos, o PNUD permitiu o recrutamento de mais de 100 contabilistas, economistas, tesoureiros, engenheiros, formadores de polícia e outros profissionais no seio do Governo do Sul Sudão e em todos os 10 Governos de Estado.

Estes funcionários profissionais trabalham erm colaboração com funcionários locais até quando estes últimos conseguirem assumir eles próprios suas responsabilidades, indicou o PNUD num comunicado.

Por outro lado, o Governo do Sul Sudão, graças ao apoio do PNUD, prepara-se para desdobrar 200 outros funcionários originários do Quénia, da Etiópia e do Uganda a fim de aumentar as capacidades da administração.

"Diversos atores tem um papel a desempenhar no processo, pois a criação dum Governo forte no Sul Sudão vai permitir um desenvolvimento a longo prazo e perspectivas de segurança na região", insistiu Clark.

Cerca de 99 porcento dos Sudaneses do Sul votaram para a separação com o Norte Sudão durante um referendo seguido atentamente pela comunidade internacional.

O referendo, que durou uma semana e que findou a 15 de janeiro, é uma etapa importante do Acordo de Paz Global que pôs termo a duas décadas de guerra civil entre o Norte e o Sul Sudão.

-0- PANA AR/SEG/AKA/TBM/IBA/CJB/DD 08fev2011