PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
PM tunisino defende medidas urgentes para desenvolver economia do país
Túnis, Tunísia (PANA) - O novo primeiro-ministro tunisino, Mehdi Jomaa, anunciou "medidas urgentes" para desenvolver a situação económica do país dificultada por confrontos e pela instabilidade que paralisaram, há três anos, o aparelho produtivo depois da revolução que destituiu em janeiro de 2011 o então regime ditatorial do Presidente Ben Ali.
Intervindo segunda-feira na televisão, um mês depois do seu emposse, Jomaa apelou aos seus compatriotas para consentirem sacrifícios, porque, alertou, a situação “é mais difícil que se imaginava, sobretudo no plano financeiro".
"Os sacrifícios são imperativos, porque, quando se atrasa muito, a realidade será mais amarga", advertiu, partilhando a opinião do ministro dos Assuntos Económicos, Nidhal Ourfelli, que alertou do risco de a situação tornar-se "catastrófica" se tais medidas não fossem implementadas.
Sem precisar as decisões que pretende tomar, o chefe do Governo tunisino anunciou contudo que não haverá recrutamento na Função Pública, em 2014, porque o Estado não tem meios para tal.
Ele projeta, tabém, como o reclama o Fundo Monetário Internacional (FMI), reexaminar as subvenções concedidas pelo Estado aos produtos básicos por forma a que não afetem as categorias sociais fracas.
Estas subvenções concedidas pela Caixa de Compensação cavam profundamente o orçamento do Estado.
Em três anos, elas aumentaram mais de 270 porcento, enquanto os salários registaram uma subida de mais de 50 porcento.
Em três anos, a Tunísia emprestou mais de 25 biliões de dinares, ou seja 15 biliões e 800 milhões de dólares americanos, alarmou-se Jomaa.
Para o orçamento de 2014, o país necessitou de mais de 12 biliões de dinares de empréstimos, ou seja sete biliões e 600 milhões de dólares, dos quais apenas sete biliões e 800 milhões de dinares (quase cinco biliões de dólares americanos) foram identificados.
"Ainda não se sabe onde encontrar os restantes quatro biliões e 500 milhões (cerca de três biliões de dólares americanos) ", revelou o chefe do Governo.
Além do lançamento de empréstimos obrigatórios locais, ele conta ir buscar financiamentos nos países do Golfo, nos Estados Unidos e em França.
Para este engenheiro de formação, especializado na aeronáutica, a chave dos problemas atuais da Tunísia reside na "reabilitação do trabalho e da disciplina".
"Nos últimos três anos, não trabalhamos. Os empréstimos não serviram para o investimento, mas para o consumo", deplorou.
Segundo ele, os Tunisinos conseguiram levar a cabo uma revolução política, mas devem agora fazer face a uma revolução económica.
Para o chefe do Governo tunisino, esta revolução é indispensável para garantir "eleições transparentes e incontestáveis" em finais de 2014, como previstas na nova Constituição do país.
-0- PANA BB/JSG/MAR/DD 05março2014
Intervindo segunda-feira na televisão, um mês depois do seu emposse, Jomaa apelou aos seus compatriotas para consentirem sacrifícios, porque, alertou, a situação “é mais difícil que se imaginava, sobretudo no plano financeiro".
"Os sacrifícios são imperativos, porque, quando se atrasa muito, a realidade será mais amarga", advertiu, partilhando a opinião do ministro dos Assuntos Económicos, Nidhal Ourfelli, que alertou do risco de a situação tornar-se "catastrófica" se tais medidas não fossem implementadas.
Sem precisar as decisões que pretende tomar, o chefe do Governo tunisino anunciou contudo que não haverá recrutamento na Função Pública, em 2014, porque o Estado não tem meios para tal.
Ele projeta, tabém, como o reclama o Fundo Monetário Internacional (FMI), reexaminar as subvenções concedidas pelo Estado aos produtos básicos por forma a que não afetem as categorias sociais fracas.
Estas subvenções concedidas pela Caixa de Compensação cavam profundamente o orçamento do Estado.
Em três anos, elas aumentaram mais de 270 porcento, enquanto os salários registaram uma subida de mais de 50 porcento.
Em três anos, a Tunísia emprestou mais de 25 biliões de dinares, ou seja 15 biliões e 800 milhões de dólares americanos, alarmou-se Jomaa.
Para o orçamento de 2014, o país necessitou de mais de 12 biliões de dinares de empréstimos, ou seja sete biliões e 600 milhões de dólares, dos quais apenas sete biliões e 800 milhões de dinares (quase cinco biliões de dólares americanos) foram identificados.
"Ainda não se sabe onde encontrar os restantes quatro biliões e 500 milhões (cerca de três biliões de dólares americanos) ", revelou o chefe do Governo.
Além do lançamento de empréstimos obrigatórios locais, ele conta ir buscar financiamentos nos países do Golfo, nos Estados Unidos e em França.
Para este engenheiro de formação, especializado na aeronáutica, a chave dos problemas atuais da Tunísia reside na "reabilitação do trabalho e da disciplina".
"Nos últimos três anos, não trabalhamos. Os empréstimos não serviram para o investimento, mas para o consumo", deplorou.
Segundo ele, os Tunisinos conseguiram levar a cabo uma revolução política, mas devem agora fazer face a uma revolução económica.
Para o chefe do Governo tunisino, esta revolução é indispensável para garantir "eleições transparentes e incontestáveis" em finais de 2014, como previstas na nova Constituição do país.
-0- PANA BB/JSG/MAR/DD 05março2014