PM maurício aceita desculpas de navio por derrame de petróleo
Port-Louis, ilhas Maurícas (PANA) - O primeiro-ministro maurício, Pravind Jugnauth, declarou segunda-feira ter aceitado as desculpas dos proprietários japoneses do navio Wakashio, de bandeira panamenha, que derrama, desde 25 de julho último, enormes quantidades de petróleo nos recifes da Ponta de Essy, no sul das Maurícias.
De acordo com Akihiko Ono, vice-presidente executivo de Mitsui OSK Lines, proprietário do navio graneleiro, “a companhia ferá todo o seu possível para resolver o problema”.
Falando à imprensa, Jugnauth disse que "pelo menos eles reconheceram a sua responsabilidade por esta situação”.
"Desculpar-se é uma coisa, mas será preciso ultrapassar estas desculpas”, disse o chefe do Governo maurício, antes de acrescentar que o Governo está a refletir sobre um eventual pedido de indemnização ao proprietário do navio.
O navio MV Wakashi, com três mil e 800 toneladas de petróleo e 300 toneladas de diesel, embateu contra um recife em Ponta de Esny.
Uma rutura no casco provocou o derrame de combustíveis que sujou os recifes de coral, as lagoas e o manguezal causando “uma catástrofe ecológica sem precedentes nas Maurícias”.
A população local e vários voluntários membros de Organizações não Governamentais (ONG) estão a limpar as lagoas, o mar e as praias em torno da zona do naufrágio.
Na segunda-feira à noite, o primeiro-ministro indicou que mil 959 toneladas de petróleo pesado restavam ainda no navio depois de cerca de 500 toneladas terem sido bombeadas. A operação de bombagem continua.
Foi declarado o Estado de Emergência ambiental, sexta-feira última, nas ilhas Maurícias.
O caso devia ser levantado esta terça-feira no Parlamento. O chefe da oposição, Arvind Boolell, espera assim interrogar o primeiro-ministro ou o ministro do Ambiente sobre esta questão.
-0- PANA NA/MA/NFB/JSG/FK/IZ 11agosto2020