PIB de Cabo Verde cresce 6,2%
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde registou, no segundo trimestre de 2019, uma variação homóloga de 6,2 por cento, em termos reais, taxa superior em 1,0 pontos percentuais (p.p.), segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) do arquipélago.
Em dados das Contas Nacionais divulgados segunda-feira, na cidade da Praia, o INE indica que esta variação resultou de um maior contributo das despesas do Consumo Privado e das Exportações.
O INE acrescenta que este crescimento de 6,2 por cento é superior ao do primeiro trimestre do ano, que foi de 5,2 por cento, em termos homólogos.
Estes números traduzem-se num crescimento económico médio, nos dois primeiros trimestres, de 5,7 por cento, contra os cinco por cento registados no ano de 2018, precisa INE.
As exportações de bens e serviços cresceram 8,5 por cento, no segundo trimestre, contra os 8,0 por cento do trimestre anterior, enquanto as importações caíram 4,0 por cento, a primeira descida em vários trimestres.
De acordo ainda com os indicadores do INE, o consumo privado aumentou 2,9 por cento, em termos reais, no segundo trimestre de 2019, ainda assim um abrandamento face à variação de 5,3 por cento registada no trimestre anterior.
Já o consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga negativa de 14,2 por cento, quando tinha aumentado 20,8 por cento, no trimestre anterior.
Enquanto isso, o investimento registou uma variação homóloga de 0,5 por cento, no segundo trimestre de 2019, contra a variação negativa em 11,4 por cento, nos três primeiros meses de 2019.
Reagindo aos dados publicados pelo INE, o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, defendeu que o país tem condições para crescer, em termos económicos, a uma média anual superior a sete por cento, apesar da situação de seca prolongada.
“Se hoje crescemos 6,2 por cento, num contexto de três anos consecutivos de seca, e que têm impactado negativamente a dinâmica de crescimento da nossa economia, num cenário ligeiramente melhor estaríamos certamente a falar de um crescimento superior a sete por cento”, afirmou Olavo Correia.
Aludindo à meta do Governo, de crescer sete por cento ao ano, o vice-primeiro-ministro afirmou tratar-se de um cenário que ainda pode ser concretizado.
“O importante é continuarmos a acreditar que é possível. E o facto é que, mesmo neste cenário desfavorável, temos condições de colocar o nosso país a crescer a uma taxa superior a sete por cento”, sublinhou.
-0- PANA CS/IZ 01out2019