PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
PANAPRESS pretende criar troféu africano de jornalismo Alcino da Costa
Dakar, Senegal (PANA) - O diretor-geral da Agência Pan-africana de Notícias (PANAPRESS), Babacar Fall, declarou em Dakar que a sua estrutura lançou a iniciativa da criação dum troféu Luís Alcino da Costa à escala africana, com o objetivo de perpetuar a ação do jornalista senegalo-cabo-verdiano falecido a 30 de agosto em Paris (França), aos 72 anos de idade.
O prémio vai servir « para motivar e recompensar os jovens jornalistas e os média a perpetuar o rigor, o profissionalismo, a honestidade no trabalho e a profunda crença no futuro de África que demostrava Alcino da Costa", cuja memória "deve ser materializada em toda a profissão em África", explicou Fall.
Ele intervinha durante as exéquias do finado, antigo responsável na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e coordenador do Gabinete da PANAPRESS em Paris.
Babacar Fall, que retém a paixão do defunto de partilhar os seus conhecimentos, indicou que Da Costa « consagrou os últimos anos da sua vida à formação dos jovens jornalistas. Ele marcou gerações inteiras de jornalistas em todo o continente, tanto nos países francófonos como nos anglófonos. Ele ajudava muito na organização das redações ».
« Hoje, não é só a imprensa senegalesa que perdeu um eminente jornalista, mas toda a imprensa africana », testemunhou.
Numa mensagem lida também durante as exéquias, o pessoal da UNESCO sublinhou, por seu turno, o espírito de solidariedade, de profissionalismo e de liberdade de expressão que "era o credo de Da Costa", durante o período em que ele colaborou com a instituição onusina, de 1980 a 1999.
De igual modo, a antiga diretora do Centro de Estudos das Ciências e Técnicas da Informação (CESTI) de Dakar, Eugénie Rokhaya Aw, indicou que o defunto era « um apóstolo, um defesa e um senador da imprensa africana ».
Outra interveniente na homenagem a Alcino Da Costa foi à secretária-geral do Sindicato dos Profissionais da Informação e Comunicação do Senegal (SYNPICS), Diatou Cissé Badiane, para quem o defunto era um « formador rigoroso, uma referência e um apóstolo, em toda África, que defendeu a emergência de práticas profissionais sensíveis à ética e à deontologia ».
Segundo ela, « o decano Alcino deixou-nos um viático muito precioso. Não deixava de nos lembrar que nós jornalistas não somos quaisquer. Fazemos um trabalho nobre e, por conseguinte, devemos comportar-nos como nobres. Ele sempre exortou a cumprir com a ética e a deontologia da nossa profissão”.
« É o último dos Moicanos na prática dum jornalismo de qualidade que acaba de nos deixar, era generoso, era um formador rigoroso. Não deixou de percorrer os países de África para exortar os jovens jornalistas ao profissionalismo e à dignidade. Cada jornalista, particularmente os mais jovens, devem interessar-se em guardar este viático e fazer dele uma boa utilização », indicou Badiane, antes de acrescentar : « Cada vez que estamos desestabilizados na nossa profissão, a imagem do decano Alcino pode ajudar-nos”.
Do lado do mundo do ensino, notou-se sobretudo o testemunho da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) apresentado por Houraye Mamadou Anne.
Segundo ela, o defunto « compreendia muito bem os desafios do desenvolvimento do continente e sabia que a educação era a chave deste desenvolvimento ».
Luís Alcino Da Costa fez parte da primeira geração de jornalistas senegaleses. Após trabalhar na Agência Senegalesa de Notícias (APS), onde ele foi editor-chefe, e no diário senegalês « Le Soleil », ele tornou-se diretor do semanário católico « Afrique Nouvelle », de 1970 a 1980.
Depois, ele trabalhou na UNESCO até a sua aposentação. Nos últimos anos, ele animou uma série de seminários de formação para jovens jornalistas das agências de notícias dos países da África Francófona por conta da Organização Internacional da Francofonia (OIF).
Ele integrou a missão de observação da OIF durante as presidenciais de dezembro último na Côte d’Ivoire.
Alcino da Costa foi inumado quarta-feira à tarde no cemitério católico de Saint Lazare de Béthanie, na capital senegalesa.
-0- PANA SIL/TBM/SOC/MAR/TON 08set2011
O prémio vai servir « para motivar e recompensar os jovens jornalistas e os média a perpetuar o rigor, o profissionalismo, a honestidade no trabalho e a profunda crença no futuro de África que demostrava Alcino da Costa", cuja memória "deve ser materializada em toda a profissão em África", explicou Fall.
Ele intervinha durante as exéquias do finado, antigo responsável na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e coordenador do Gabinete da PANAPRESS em Paris.
Babacar Fall, que retém a paixão do defunto de partilhar os seus conhecimentos, indicou que Da Costa « consagrou os últimos anos da sua vida à formação dos jovens jornalistas. Ele marcou gerações inteiras de jornalistas em todo o continente, tanto nos países francófonos como nos anglófonos. Ele ajudava muito na organização das redações ».
« Hoje, não é só a imprensa senegalesa que perdeu um eminente jornalista, mas toda a imprensa africana », testemunhou.
Numa mensagem lida também durante as exéquias, o pessoal da UNESCO sublinhou, por seu turno, o espírito de solidariedade, de profissionalismo e de liberdade de expressão que "era o credo de Da Costa", durante o período em que ele colaborou com a instituição onusina, de 1980 a 1999.
De igual modo, a antiga diretora do Centro de Estudos das Ciências e Técnicas da Informação (CESTI) de Dakar, Eugénie Rokhaya Aw, indicou que o defunto era « um apóstolo, um defesa e um senador da imprensa africana ».
Outra interveniente na homenagem a Alcino Da Costa foi à secretária-geral do Sindicato dos Profissionais da Informação e Comunicação do Senegal (SYNPICS), Diatou Cissé Badiane, para quem o defunto era um « formador rigoroso, uma referência e um apóstolo, em toda África, que defendeu a emergência de práticas profissionais sensíveis à ética e à deontologia ».
Segundo ela, « o decano Alcino deixou-nos um viático muito precioso. Não deixava de nos lembrar que nós jornalistas não somos quaisquer. Fazemos um trabalho nobre e, por conseguinte, devemos comportar-nos como nobres. Ele sempre exortou a cumprir com a ética e a deontologia da nossa profissão”.
« É o último dos Moicanos na prática dum jornalismo de qualidade que acaba de nos deixar, era generoso, era um formador rigoroso. Não deixou de percorrer os países de África para exortar os jovens jornalistas ao profissionalismo e à dignidade. Cada jornalista, particularmente os mais jovens, devem interessar-se em guardar este viático e fazer dele uma boa utilização », indicou Badiane, antes de acrescentar : « Cada vez que estamos desestabilizados na nossa profissão, a imagem do decano Alcino pode ajudar-nos”.
Do lado do mundo do ensino, notou-se sobretudo o testemunho da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) apresentado por Houraye Mamadou Anne.
Segundo ela, o defunto « compreendia muito bem os desafios do desenvolvimento do continente e sabia que a educação era a chave deste desenvolvimento ».
Luís Alcino Da Costa fez parte da primeira geração de jornalistas senegaleses. Após trabalhar na Agência Senegalesa de Notícias (APS), onde ele foi editor-chefe, e no diário senegalês « Le Soleil », ele tornou-se diretor do semanário católico « Afrique Nouvelle », de 1970 a 1980.
Depois, ele trabalhou na UNESCO até a sua aposentação. Nos últimos anos, ele animou uma série de seminários de formação para jovens jornalistas das agências de notícias dos países da África Francófona por conta da Organização Internacional da Francofonia (OIF).
Ele integrou a missão de observação da OIF durante as presidenciais de dezembro último na Côte d’Ivoire.
Alcino da Costa foi inumado quarta-feira à tarde no cemitério católico de Saint Lazare de Béthanie, na capital senegalesa.
-0- PANA SIL/TBM/SOC/MAR/TON 08set2011