PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
PAICV escolhe Inocêncio Sousa para candidato às presidenciais em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Manuel Inocêncio Sousa, atual ministro cabo-verdiano das Infraestruturas, Transportes e Telecomunicações, é o candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) às eleições presidenciais deste ano no arquipélago, apurou a PANA domingo de fonte partidária
A escolha foi feita no fim de semana numa reunião do Conselho Nacional do PAICV no termo da segunda volta duma votação em que Inocêncio Sousa derrotou David Hopffer Almada, jurista e antigo ministro da Informação e Cultura dos governos da primeira República chefiados pelo atual Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires.
Na primeira votação, o terceiro pré-candidato, Aristides Lima, presidente cessante do Parlamento cabo-verdiano e que era apontado como favorito nas sondagens para o escrutínio à chefia do Estado em Cabo Verde, obteve 27 votos contra os 35 de Manuel Inocêncio Sousa e os 28 de David Hopffer Almada.
Este este resultado obrigou a uma segunda votação em que concorreram os dois candidatos mais votados, Manuel Inocêncio Sousa e David Hopffer Almada, com o primeiro a receber 57 votos dos 90 membros efetivos do Conselho Nacional do PAICV que participaram na votação.
Numa primeira reação à sua vitória nestas primárias do partido no poder em Cabo Verde, Manuel Inocêncio Sousa, que é também um dos vice-presidentes do PAICV, disse aos jornalistas que tem agora “uma pesada responsabilidade sobre os ombros”, sublinhando que vai começar desde já a trabalhar “verdadeiramente” na candidatura à sucessão de Pedro Pires.
“Acabei por conseguir um apoio que era para mim fundamental para seguir com o meu projeto de candidatura à Presidência da República. Disse sempre que, sem ele, não prosseguiria. Tenho agora reunidas as condições que considerei fundamentais para avançar e vou começar agora verdadeiramente a trabalhar nela”, disse.
O ainda ministro de Estado e das Infraestruturas desdramatizou a eventual existência de mais candidaturas dentro da esfera partidária, sublinhando que espera contar com o apoio de todos os dirigentes e militantes para vencer as presidenciais, com data ainda por marcar.
Considerado como um “homem de confiança” de José Maria Neves, presidente do PAICV e primeiro-ministro pela terceira vez consecutiva, Inocêncio Sousa terá provavelmente como principal adversário na corrida presidencial o jurisconsulto e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo Movimento para a Democracia, (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde.
Por seu lado, Hopffer Almada disse aos jornalistas não ter ficado surpreendido com os resultados, defendendo que tudo decorreu de forma correcta e transparente.
“Estávamos num processo democrático que decorreu normalmente e com toda a transparência e clareza. Todos os resultados eram possíveis. Passei à segunda volta e perdi. Dou os parabéns ao vencedor, desejo-lhe felicidades e que traga uma vitória”, sublinhou.
No entanto, o ex-deputado defendeu ter feito “o que era possível em condições difíceis”. Ele argumentou não ser militante do PAICV e assumiu ser um “outsider”, lamentando a sua falta de visibilidade em Cabo Verde, uma vez que lutou contra um ministro e um presidente do Parlamento.
Por seu turno, Aristides Lima considerou, numa curta declaração à imprensa, que esta decisão dos dirigentes do PAICV “foi surpreendente, porquanto estudos de opinião credíveis, nomeadamente das empresas MGF e Afrossondagem, confirmavam o apoio preferencial e destacado do povo, do partido e da sociedade cabo-verdiana em relação à minha candidatura”.
Aristides Lima disse, porém, que acata a decisão do Conselho Nacional do partido, mas não sem deixar de levar em consideração “as expetativas da grande maioria de Cabo-verdianos que continua a manifestar o seu inequívoco apoio” à sua candidatura.
Por isso, ele anunciou que vai ouvir, na próxima semana, os seus apoiantes para decidir se irá candidatar-se como independente à sucessão de Pedro Pires, já que o líder do PAICV, José Maria Neves, confirmou que Inocêncio Sousa é, a partir desta decisão da direção do partido, o candidato oficial da maior força política do país.
O presidente do PAICV congratulou-se com a eleição de Manuel Inocêncio Sousa, indicando esperar que não surjam mais candidaturas independentes dentro da esfera política.
José Maria Neves lembrou que os três pré-candidatos que solicitaram o apoio do PAICV, vencedor das legislativas de 06 fevereiro último, assumiram o respeito do quadro democrático no âmbito partidário.
“Todos assumiram o respeito do quadro democrático dentro do partido. Estaria fora de questão candidaturas dos dois candidatos derrotados”, frisou José Maria Neves.
A data das presidenciais, a ser marcada pelo chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires, ainda não está definida, devendo porém serem realizadas pelo menos seis meses depois das legislativas.
Várias vozes defendem que as presidenciais devem realizar-se em Outubro, de forma a evitar as férias de verão e a campanha agrícola no arquipélago, uma vez que a época das chuvas em Cabo Verde ocorre entre Julho e Setembro.
-0- PANA CS/IZ 14março2011
A escolha foi feita no fim de semana numa reunião do Conselho Nacional do PAICV no termo da segunda volta duma votação em que Inocêncio Sousa derrotou David Hopffer Almada, jurista e antigo ministro da Informação e Cultura dos governos da primeira República chefiados pelo atual Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires.
Na primeira votação, o terceiro pré-candidato, Aristides Lima, presidente cessante do Parlamento cabo-verdiano e que era apontado como favorito nas sondagens para o escrutínio à chefia do Estado em Cabo Verde, obteve 27 votos contra os 35 de Manuel Inocêncio Sousa e os 28 de David Hopffer Almada.
Este este resultado obrigou a uma segunda votação em que concorreram os dois candidatos mais votados, Manuel Inocêncio Sousa e David Hopffer Almada, com o primeiro a receber 57 votos dos 90 membros efetivos do Conselho Nacional do PAICV que participaram na votação.
Numa primeira reação à sua vitória nestas primárias do partido no poder em Cabo Verde, Manuel Inocêncio Sousa, que é também um dos vice-presidentes do PAICV, disse aos jornalistas que tem agora “uma pesada responsabilidade sobre os ombros”, sublinhando que vai começar desde já a trabalhar “verdadeiramente” na candidatura à sucessão de Pedro Pires.
“Acabei por conseguir um apoio que era para mim fundamental para seguir com o meu projeto de candidatura à Presidência da República. Disse sempre que, sem ele, não prosseguiria. Tenho agora reunidas as condições que considerei fundamentais para avançar e vou começar agora verdadeiramente a trabalhar nela”, disse.
O ainda ministro de Estado e das Infraestruturas desdramatizou a eventual existência de mais candidaturas dentro da esfera partidária, sublinhando que espera contar com o apoio de todos os dirigentes e militantes para vencer as presidenciais, com data ainda por marcar.
Considerado como um “homem de confiança” de José Maria Neves, presidente do PAICV e primeiro-ministro pela terceira vez consecutiva, Inocêncio Sousa terá provavelmente como principal adversário na corrida presidencial o jurisconsulto e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Jorge Carlos Fonseca, apoiado pelo Movimento para a Democracia, (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde.
Por seu lado, Hopffer Almada disse aos jornalistas não ter ficado surpreendido com os resultados, defendendo que tudo decorreu de forma correcta e transparente.
“Estávamos num processo democrático que decorreu normalmente e com toda a transparência e clareza. Todos os resultados eram possíveis. Passei à segunda volta e perdi. Dou os parabéns ao vencedor, desejo-lhe felicidades e que traga uma vitória”, sublinhou.
No entanto, o ex-deputado defendeu ter feito “o que era possível em condições difíceis”. Ele argumentou não ser militante do PAICV e assumiu ser um “outsider”, lamentando a sua falta de visibilidade em Cabo Verde, uma vez que lutou contra um ministro e um presidente do Parlamento.
Por seu turno, Aristides Lima considerou, numa curta declaração à imprensa, que esta decisão dos dirigentes do PAICV “foi surpreendente, porquanto estudos de opinião credíveis, nomeadamente das empresas MGF e Afrossondagem, confirmavam o apoio preferencial e destacado do povo, do partido e da sociedade cabo-verdiana em relação à minha candidatura”.
Aristides Lima disse, porém, que acata a decisão do Conselho Nacional do partido, mas não sem deixar de levar em consideração “as expetativas da grande maioria de Cabo-verdianos que continua a manifestar o seu inequívoco apoio” à sua candidatura.
Por isso, ele anunciou que vai ouvir, na próxima semana, os seus apoiantes para decidir se irá candidatar-se como independente à sucessão de Pedro Pires, já que o líder do PAICV, José Maria Neves, confirmou que Inocêncio Sousa é, a partir desta decisão da direção do partido, o candidato oficial da maior força política do país.
O presidente do PAICV congratulou-se com a eleição de Manuel Inocêncio Sousa, indicando esperar que não surjam mais candidaturas independentes dentro da esfera política.
José Maria Neves lembrou que os três pré-candidatos que solicitaram o apoio do PAICV, vencedor das legislativas de 06 fevereiro último, assumiram o respeito do quadro democrático no âmbito partidário.
“Todos assumiram o respeito do quadro democrático dentro do partido. Estaria fora de questão candidaturas dos dois candidatos derrotados”, frisou José Maria Neves.
A data das presidenciais, a ser marcada pelo chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires, ainda não está definida, devendo porém serem realizadas pelo menos seis meses depois das legislativas.
Várias vozes defendem que as presidenciais devem realizar-se em Outubro, de forma a evitar as férias de verão e a campanha agrícola no arquipélago, uma vez que a época das chuvas em Cabo Verde ocorre entre Julho e Setembro.
-0- PANA CS/IZ 14março2011