PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oxfam critica lentidão do ritmo de reconciliação e justiça no Mali
Dar es Salam, Tanzânia (PANA) – O Mali pode perder a oportunidade de combater a corrupção e pôr termo a abusos de poder dos oficiais devido à lentidão do processo de reconciliação nacional após o regresso da democracia no país, dois anos depois do golpe de Estado de 2012, advertiu a Organização não Governamental britânica (ONG) Oxfam.
Num relatório sobre a situação atual neste país da África Ocidental, a Oxfam indicou, quarta-feira, que os Malianos precisam de ver mudanças significativas na gestão do país, nomeadamente uma melhor distribuição da ajuda de desenvolvimento com a reunião em Bruxelas dos representantes do Governo maliano e doadores para discutir o futuro do país.
A Oxfam e os seus parceiros da sociedade civil maliana são os coautores do relatório intitulado "Que futuro para o Mali? Quatro prioridades para uma melhor governação", no qual lançaram um apelo aos doadores para doarem mais para garantir que as relações entre o Governo maliano e os seus cidadãos sejam “consolidadas e mais transparentes, responsáveis e justas”.
O diretor da Oxfam no Mali, Mohamed L. Coulibaly, disse que o país se encontra-se numa encruzilhada.
"A reunião desta quarta-feira em Bruxelas deve colocar a justiça, a reconciliação, a participação dos cidadãos e o desenvolvimento justo no centro das suas discussões. A sociedade civil trabalha há muito tempo sobre estas questões e estamos prontos a trabalhar igualmente com o Governo”, acrescentou.
Na cimeira de Bruxelas de 2013, os doadores de fundos comprometeram-se a dar três biliões e 200 milhões de euros para o desenvolvimento e a reconstrução do Mali.
“No entanto, é difícil avaliar o que foi efetivamente entregue aos Malianos, por causa da complexidade dos compromissos”, indica o relatório.
O relatório sublinha que os fundos recebidos permitiram realizar as eleições e alguns esforços de reconstrução, mas há ainda muito que fazer para assegurar o regresso à democracia e à boa governação e pôr termo à corrupção.
As organizações da sociedade civil maliana e a Oxfam querem acompanhar minuciosamente todas as promessas como o recomenda a Iniciativa Internacional sobre Transparência de Ajuda (IIA TA).
Ibrahima Koreissi, coordenador nacional da Associação Deme So, disse que a paz e a estabilidade exigem a justiça e a reconciliação.
"Mesmo antes do conflito, o acesso à justiça era muito limitado para as mulheres e os homens que vivem na pobreza fora da capital, Bamako. Os doadores e o Governo maliano são responsáveis pela transição para a paz, fazer justiça para todos, incluindo as vítimas de abusos”, acrescentou.
A Associação Deme So foi criada em 1992 para promover os direitos humanos com acento particular nas mulheres e nas crianças.
“Os doadores de fundos e o Governo devem comprometer-se a tornar a justiça mais efetiva e aumentar a participação das mulheres nos processos políticos”, indica o relatório.
-0- PANA AR/VAO/ASA/AAS/CJB/IZ 05fev2014
Num relatório sobre a situação atual neste país da África Ocidental, a Oxfam indicou, quarta-feira, que os Malianos precisam de ver mudanças significativas na gestão do país, nomeadamente uma melhor distribuição da ajuda de desenvolvimento com a reunião em Bruxelas dos representantes do Governo maliano e doadores para discutir o futuro do país.
A Oxfam e os seus parceiros da sociedade civil maliana são os coautores do relatório intitulado "Que futuro para o Mali? Quatro prioridades para uma melhor governação", no qual lançaram um apelo aos doadores para doarem mais para garantir que as relações entre o Governo maliano e os seus cidadãos sejam “consolidadas e mais transparentes, responsáveis e justas”.
O diretor da Oxfam no Mali, Mohamed L. Coulibaly, disse que o país se encontra-se numa encruzilhada.
"A reunião desta quarta-feira em Bruxelas deve colocar a justiça, a reconciliação, a participação dos cidadãos e o desenvolvimento justo no centro das suas discussões. A sociedade civil trabalha há muito tempo sobre estas questões e estamos prontos a trabalhar igualmente com o Governo”, acrescentou.
Na cimeira de Bruxelas de 2013, os doadores de fundos comprometeram-se a dar três biliões e 200 milhões de euros para o desenvolvimento e a reconstrução do Mali.
“No entanto, é difícil avaliar o que foi efetivamente entregue aos Malianos, por causa da complexidade dos compromissos”, indica o relatório.
O relatório sublinha que os fundos recebidos permitiram realizar as eleições e alguns esforços de reconstrução, mas há ainda muito que fazer para assegurar o regresso à democracia e à boa governação e pôr termo à corrupção.
As organizações da sociedade civil maliana e a Oxfam querem acompanhar minuciosamente todas as promessas como o recomenda a Iniciativa Internacional sobre Transparência de Ajuda (IIA TA).
Ibrahima Koreissi, coordenador nacional da Associação Deme So, disse que a paz e a estabilidade exigem a justiça e a reconciliação.
"Mesmo antes do conflito, o acesso à justiça era muito limitado para as mulheres e os homens que vivem na pobreza fora da capital, Bamako. Os doadores e o Governo maliano são responsáveis pela transição para a paz, fazer justiça para todos, incluindo as vítimas de abusos”, acrescentou.
A Associação Deme So foi criada em 1992 para promover os direitos humanos com acento particular nas mulheres e nas crianças.
“Os doadores de fundos e o Governo devem comprometer-se a tornar a justiça mais efetiva e aumentar a participação das mulheres nos processos políticos”, indica o relatório.
-0- PANA AR/VAO/ASA/AAS/CJB/IZ 05fev2014