PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oxfam alerta para agravação de crises no continente
Sirtes- Líbia (PANA) -- Enquanto os líderes africanos estão reunidos esta quarta-feira numa cimeira destinada a discutir sobre a paz e a segurança no continente, a organização humanitária, Oxfam Internacional, revela que mais de um milhão 400 mil pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas este ano como consequência da intensificação das violências na República Democrática do Congo (RDC), no Sudão e na Somália.
A Oxfam indica que o aumento das deslocações forçadas obriga cinco pessoas a fugirem em cada minuto em África, e que os líderes africanos não tomaram medidas para pôr termo aos casos crescentes de deslcocações forçadas.
Durante a última cimeira da UA em Janeiro de 2009, os estadistas não discutiram sobre os conflitos em curso nem sobre medidas a tomar para proteger os civis das violências e dos sofrimentos, sublinhou a Oxfam.
Desde então, as violências agravaram-se no leste na RD Congo, no sul e no centro da Somália e no sul do Sudão e, consequentemente, um número incalculável de vidas foram destruídas.
O resto da comunidade internacional continuou igualmente ineficaz, segundo a organização.
"Diariamente, em cada minuto, desde que os líderes da UA se reuniram pela última vez, o equivalente duma família de cinco pessoas ficou sem abrigo devido a estes conflitos.
A UA deve explicitamente condenar estes sofrimentos.
É inaceitável que, até hoje, as mulheres africanas continuem a ser violadas, e que os homens sejam mortos, e que as famílias sejam dilaceradas e que as vidas de gerações de crianças sejam quebradas", indignou-se Dériré Assogbavi, principal analista político da Oxfam para África.
A Oxfam insta a UA a dar importância a soluções diplomáticas e políticas duradouras para estes conflitos, em vez de acções militares que só fazem provocar mais mortos e miséria aos civis, aconselhou Assogbavi, aludindo nomeadamente às ofensivas deste ano na RD Congo e no norte do Uganda.
Segundo esta Organização Não Governamental (ONG) humanitária, a UA desempenhou, no passado, um papel chave no acordo de paz entre o norte e o sul do Sudão, que, mesmo se está seriamente comprometido hoje, ele demonstra o que pode ser realizado quando há uma vontade política suficiente.
Os mais altos níveis de deslocações foram registados na RD Congo desde o início deste ano.
Um universo de 800 mil pessoas fugiram como consequência duma nova ofensiva do Exército congolês apoiada pelas Nações Unidas e lançada em Janeiro último, que provocou vários ataques de represálias por parte dos rebeldes da FDLR (Frente Democrática de Libertação do Ruanda) que operam no leste congolês.
As comunidades terrificadas falaram com o pessoal da Oxfam destes casos generalizados de violação, de incêndios e de pilhagens de aldeias no norte e sul de Kivu (leste congolês).
"A UA deve dizer ao Governo congolês que tais sofrimentos em grande escala não serão toleradas.
Enquanto se preocupa com as atrocidades cometidas pelas FDLR, as tropas governamentais incorrem igualmente em violações inaceitáveis dos direitos humanos", declarou Assogbavi.
Nestes últimos seis meses, o Sul Sudão foi palco dos piores casos de violência e de deslocação registados desde a assinatura dum Acordo de Paz Global.
Cerca de 200 mil pessoas fugiram dos conflitos cada vez mais mortíferos devidos a confrontos tribais, a razias contra o gado e a tensões norte-sul.
Por outro lado, a província de Darfur (oeste do Sudão) continua a ser palco duma das mais graves crises humanitárias do mundo, e o conflito que ocorre aí actualmente deslocou este ano pelo menos 140 mil pessoas maioritariamente indivíduos que fugiram para os campos já sobrepovoados, onde recebem cada vez menos ajuda devido à expulsão recente das agências humanitárias pelas autoridades sudanesas.
"Visto que o acordo de paz parece cada vez mais frágil, medidas diplomáticas urgentes são necessárias.
Os Governos da UA desempenharam um papel chave neste acordo de paz, eles devem agora ajudar na sua manutenção.
Um regresso à guerra teria consequências devastadoras não apenas para o Sudão mas igualmente para todos os seus vizinhos", alertou Assogbavi.
Dezenas de milhares de outras pessoas foram privadas de abrigos no norte da RD Congo e no Sul do Sudão pelos ataques perpetrados pelo Exército de Resistência do Senhor (LRA, rebelião ugandesa no norte do Uganda).
Uma ofensiva militar conjunta contra o LRA lançada no fim do ano 2008 não conseguiu pôr termo a estes ataques contra os civis.
Na Somália, 160 mil pessoas fugiram da capital Mogadíscio desde Maio último, após um ressurgimento dos confrontos entre o Governo Federal de Transição e grupos e milícias da oposição.
A maioria refugiou-se em vastos campos em torno da cidade, onde as condições são deploráveis pois a degradação da situação de segurança torna ainda mais difícil o acesso das agências de ajuda às populações necessitadas.
A Oxfam apela, por consequinte, à UA para instar todas as partes em conflito a respeitarem o direito internacional, a cessarem os confrontos nas zonas povoadas e a autorizarem a distribuição da ajuda.
"A paz e a segurança em África avançaram consideravelmente em África durante a década passada, existem menos conflitos no continente e os soldados da paz africanos intervieram para proteger os civis.
No entanto, os sofrimentos humanos e os conflitos nestes três países dão um golpe fatal às esperanças dum futuro pacífico e próspero para África.
A UA deve tomar medidas e opor-se aos responsáveis por estes conflitos dizendo-lhes 'basta', declara o responsável da Oxfam.
A Oxfam indica que o aumento das deslocações forçadas obriga cinco pessoas a fugirem em cada minuto em África, e que os líderes africanos não tomaram medidas para pôr termo aos casos crescentes de deslcocações forçadas.
Durante a última cimeira da UA em Janeiro de 2009, os estadistas não discutiram sobre os conflitos em curso nem sobre medidas a tomar para proteger os civis das violências e dos sofrimentos, sublinhou a Oxfam.
Desde então, as violências agravaram-se no leste na RD Congo, no sul e no centro da Somália e no sul do Sudão e, consequentemente, um número incalculável de vidas foram destruídas.
O resto da comunidade internacional continuou igualmente ineficaz, segundo a organização.
"Diariamente, em cada minuto, desde que os líderes da UA se reuniram pela última vez, o equivalente duma família de cinco pessoas ficou sem abrigo devido a estes conflitos.
A UA deve explicitamente condenar estes sofrimentos.
É inaceitável que, até hoje, as mulheres africanas continuem a ser violadas, e que os homens sejam mortos, e que as famílias sejam dilaceradas e que as vidas de gerações de crianças sejam quebradas", indignou-se Dériré Assogbavi, principal analista político da Oxfam para África.
A Oxfam insta a UA a dar importância a soluções diplomáticas e políticas duradouras para estes conflitos, em vez de acções militares que só fazem provocar mais mortos e miséria aos civis, aconselhou Assogbavi, aludindo nomeadamente às ofensivas deste ano na RD Congo e no norte do Uganda.
Segundo esta Organização Não Governamental (ONG) humanitária, a UA desempenhou, no passado, um papel chave no acordo de paz entre o norte e o sul do Sudão, que, mesmo se está seriamente comprometido hoje, ele demonstra o que pode ser realizado quando há uma vontade política suficiente.
Os mais altos níveis de deslocações foram registados na RD Congo desde o início deste ano.
Um universo de 800 mil pessoas fugiram como consequência duma nova ofensiva do Exército congolês apoiada pelas Nações Unidas e lançada em Janeiro último, que provocou vários ataques de represálias por parte dos rebeldes da FDLR (Frente Democrática de Libertação do Ruanda) que operam no leste congolês.
As comunidades terrificadas falaram com o pessoal da Oxfam destes casos generalizados de violação, de incêndios e de pilhagens de aldeias no norte e sul de Kivu (leste congolês).
"A UA deve dizer ao Governo congolês que tais sofrimentos em grande escala não serão toleradas.
Enquanto se preocupa com as atrocidades cometidas pelas FDLR, as tropas governamentais incorrem igualmente em violações inaceitáveis dos direitos humanos", declarou Assogbavi.
Nestes últimos seis meses, o Sul Sudão foi palco dos piores casos de violência e de deslocação registados desde a assinatura dum Acordo de Paz Global.
Cerca de 200 mil pessoas fugiram dos conflitos cada vez mais mortíferos devidos a confrontos tribais, a razias contra o gado e a tensões norte-sul.
Por outro lado, a província de Darfur (oeste do Sudão) continua a ser palco duma das mais graves crises humanitárias do mundo, e o conflito que ocorre aí actualmente deslocou este ano pelo menos 140 mil pessoas maioritariamente indivíduos que fugiram para os campos já sobrepovoados, onde recebem cada vez menos ajuda devido à expulsão recente das agências humanitárias pelas autoridades sudanesas.
"Visto que o acordo de paz parece cada vez mais frágil, medidas diplomáticas urgentes são necessárias.
Os Governos da UA desempenharam um papel chave neste acordo de paz, eles devem agora ajudar na sua manutenção.
Um regresso à guerra teria consequências devastadoras não apenas para o Sudão mas igualmente para todos os seus vizinhos", alertou Assogbavi.
Dezenas de milhares de outras pessoas foram privadas de abrigos no norte da RD Congo e no Sul do Sudão pelos ataques perpetrados pelo Exército de Resistência do Senhor (LRA, rebelião ugandesa no norte do Uganda).
Uma ofensiva militar conjunta contra o LRA lançada no fim do ano 2008 não conseguiu pôr termo a estes ataques contra os civis.
Na Somália, 160 mil pessoas fugiram da capital Mogadíscio desde Maio último, após um ressurgimento dos confrontos entre o Governo Federal de Transição e grupos e milícias da oposição.
A maioria refugiou-se em vastos campos em torno da cidade, onde as condições são deploráveis pois a degradação da situação de segurança torna ainda mais difícil o acesso das agências de ajuda às populações necessitadas.
A Oxfam apela, por consequinte, à UA para instar todas as partes em conflito a respeitarem o direito internacional, a cessarem os confrontos nas zonas povoadas e a autorizarem a distribuição da ajuda.
"A paz e a segurança em África avançaram consideravelmente em África durante a década passada, existem menos conflitos no continente e os soldados da paz africanos intervieram para proteger os civis.
No entanto, os sofrimentos humanos e os conflitos nestes três países dão um golpe fatal às esperanças dum futuro pacífico e próspero para África.
A UA deve tomar medidas e opor-se aos responsáveis por estes conflitos dizendo-lhes 'basta', declara o responsável da Oxfam.