PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Organizações humanitárias receiam esquecimento da crise no Sudão do Sul
Cartum, Sudão (PANA) - As organizações humanitárias internacionais preveniram domingo que, com as atenções sobre a situação no Sudão do Sul quase ofuscadas por novos eventos mundiais, o mais jovem Estado do mundo pode tornar-se num outro Estado esquecido.
Num comunicado de imprensa conjunto publicado em Cartum, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (FICV) e a Cruz Vermelha do Sudão do Sul (CVSS) deploram que há um ano que o Sudão do Sul está mergulhado na crise.
A nota indica que vários milhões de pessoas estão afetadas pela crise e têm uma real necessidade de ajuda e de serviços básicos para sobreviver e fazer face às emergências.
Com a continuação dos confrontos em várias zonas, a Cruz Vermelha Internacional e o Movimento do Crescente Vermelho esforçam-se por responder às necessidades de populações em 10 Estados do país.
"Hoje, mais do que nunca, precisamos de apoio para ajudar as populações a fazer face e a reconstruir as suas vidas perturbadas", declarou o secretário-geral da Cruz Vermelha do Sudão do Sul, John Lobor, numa nota cuja cópia foi entregue à PANA na capital sudanesa.
"A atenção parece ter sido desviada do Sudão do Sul nos últimos meses, mas as necessidades continuam enormes e a situação é precária um ano após o início da crise", declarou o chefe da Delegação do CICV no Sudão do Sul, Franz Rauchenstein.
Ele insistiu que as populações presas neste conflito "não podem ser esquecidas" e que "devemos respeitar as nossas promessas e trabalhar para a reconstrução das suas vidas perturbadas".
Desde dezembro de 2013, o CICV, em colaboração com o Crescente Vermelho do Sudão do Sul, forneceu quase um milhão de rações alimentares para um mês a favor de quase 150 mil pessoas principalmente nas zonas afetadas pelo conflito.
"Apesar de a segurança alimentar continuar a ser uma questão de preocupação em várias partes do país, o nosso trabalho registou resultados positivos", disse Rauchenstein, acrescentando que, em localidades tais como os Estados de Jonglei e de Unity, as populações dispõem agora duma melhor nutrição e começaram, graças aos instrumentos e às sementes que eles receberam, a cultivar e a produzir os seus próprios alimentos.
O comunicado acrescenta que, durante o ano passado, equipas cirúrgicas móveis do CICV efetuaram mais de três mil e 700 operações. Com a Cruz Vermelha do Sudão do Sul, o CICV ajudou quase 13 mil membros de famílias dispersadas pelo conflito a restabelecer o contacto com os outros membros das suas famílias.
Estes esforços foram reforçados pelo apoio técnico prestado pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (FICV) à Cruz Vermelha do Sudão do Sul.
O comunicado cita o apelo do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho a todas as partes em conflito para o respeito e a proteção das populações que não participam nas hostilidades, incluindo as que tomaram parte nelas mas que se retiraram.
"Os trabalhadores humanitários e o pessoal médico devem ser poupados e autorizados a fazer o seu trabalho em toda segurança", insistiu.
De acordo com o mesmo documento, a Cruz Vermelha do Sudão do Sul beneficia dum apoio técnico e financeiro de organizações da Cruz Vermelha da Áustria, do Canadá, da Dinamarca, da Finlândia, de Hong Kong, do Japão, do Quénia, do Mónaco, dos Países Baixos, da Noruega, da Suécia, da Suíça, de Taiwan e do Reino Unido.
-0- PANA MO/VAO/ASA/BEH/FK/IZ 14dez2014
Num comunicado de imprensa conjunto publicado em Cartum, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (FICV) e a Cruz Vermelha do Sudão do Sul (CVSS) deploram que há um ano que o Sudão do Sul está mergulhado na crise.
A nota indica que vários milhões de pessoas estão afetadas pela crise e têm uma real necessidade de ajuda e de serviços básicos para sobreviver e fazer face às emergências.
Com a continuação dos confrontos em várias zonas, a Cruz Vermelha Internacional e o Movimento do Crescente Vermelho esforçam-se por responder às necessidades de populações em 10 Estados do país.
"Hoje, mais do que nunca, precisamos de apoio para ajudar as populações a fazer face e a reconstruir as suas vidas perturbadas", declarou o secretário-geral da Cruz Vermelha do Sudão do Sul, John Lobor, numa nota cuja cópia foi entregue à PANA na capital sudanesa.
"A atenção parece ter sido desviada do Sudão do Sul nos últimos meses, mas as necessidades continuam enormes e a situação é precária um ano após o início da crise", declarou o chefe da Delegação do CICV no Sudão do Sul, Franz Rauchenstein.
Ele insistiu que as populações presas neste conflito "não podem ser esquecidas" e que "devemos respeitar as nossas promessas e trabalhar para a reconstrução das suas vidas perturbadas".
Desde dezembro de 2013, o CICV, em colaboração com o Crescente Vermelho do Sudão do Sul, forneceu quase um milhão de rações alimentares para um mês a favor de quase 150 mil pessoas principalmente nas zonas afetadas pelo conflito.
"Apesar de a segurança alimentar continuar a ser uma questão de preocupação em várias partes do país, o nosso trabalho registou resultados positivos", disse Rauchenstein, acrescentando que, em localidades tais como os Estados de Jonglei e de Unity, as populações dispõem agora duma melhor nutrição e começaram, graças aos instrumentos e às sementes que eles receberam, a cultivar e a produzir os seus próprios alimentos.
O comunicado acrescenta que, durante o ano passado, equipas cirúrgicas móveis do CICV efetuaram mais de três mil e 700 operações. Com a Cruz Vermelha do Sudão do Sul, o CICV ajudou quase 13 mil membros de famílias dispersadas pelo conflito a restabelecer o contacto com os outros membros das suas famílias.
Estes esforços foram reforçados pelo apoio técnico prestado pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (FICV) à Cruz Vermelha do Sudão do Sul.
O comunicado cita o apelo do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho a todas as partes em conflito para o respeito e a proteção das populações que não participam nas hostilidades, incluindo as que tomaram parte nelas mas que se retiraram.
"Os trabalhadores humanitários e o pessoal médico devem ser poupados e autorizados a fazer o seu trabalho em toda segurança", insistiu.
De acordo com o mesmo documento, a Cruz Vermelha do Sudão do Sul beneficia dum apoio técnico e financeiro de organizações da Cruz Vermelha da Áustria, do Canadá, da Dinamarca, da Finlândia, de Hong Kong, do Japão, do Quénia, do Mónaco, dos Países Baixos, da Noruega, da Suécia, da Suíça, de Taiwan e do Reino Unido.
-0- PANA MO/VAO/ASA/BEH/FK/IZ 14dez2014