PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Organizações humanitárias face à agravação de necessidades na Côte d'Ivoire
Dakar, Senegal (PANA) – A ajuda humanitária está a intensificar-se na Côte d'Ivoire, num clima trágico, indicou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) que afirma que « sem recursos financeiros consideráveis, a ajuda de emergência poderá ser comprometida.
O plano de ação humanitário de emergência para a Côte d'Ivoire, lançado em janeiro último no valor de 32 milhões 700 mil dólares americanos, recebeu 16 milhões até ao presente.
Enquanto isso, a deterioração da situação, desde finais de fevereiro passado, poderá provocar um aumento das necessidades, visto que mais de 130 mil Ivoirienses fugiram para os países vizinhos desde dezembro do 2010, principalmente na Libéria onde eles estão avaliados em mais de 125 mil pessoas.
Segundo a mesma fonte, « apesar duma situação de segurança altamente precária, as organizações humanitárias intensificaram, nos últimos dias, a sua resposta humanitária, principalmente no oeste da Côte d'Ivoire, a fim de responder às inúmeras necessidades urgentes das populações civis visadas nos recentes confrontos », indica o OCHA num comunicado.
No entanto, prossegue a nota, resposta humanitária na capital económica, Abidjan, continua tímida, devido a dificuldades de acesso a vários bairros da cidade, palco principal das violências desde 30 de março último, apesar duma situação humanitária alarmante », indica o texto.
De acordo com o comunicado, « vários corpos invadem as ruas da cidade, bairros inteiros estão sem eletricidade nem água, ao passo que ela (população) está ameaçada por uma rutura de produtos de análise da água que poderá provocar, a partir de domingo próximo, uma rutura de água potável".
« Alimentar-se tornou-se difícil, pois os mercados e as lojas estão fechadas, os raros estabelecimentos comerciais, que ousam abrir antes do recolher obrigatório, aumentaram consideravelmente os seus preços », descreve o comunicado.
Por outro lado, prossegue, vários hospitais e outros estabelecimentos sanitários cessaram simplesmente de funcionar, e os raros deles em atividade sofrem de falta de pessoal médico, de medicamentos e doutros materiais básicos.
Segundo uma estimativa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 750 mil pessoas estariam deslocadas no interior do país, ao passo que, na parte ocidental ivoiriense confrontada com necessidades humanitárias urgentes de proteção, água e saneamento, alimentos e saúde, entre outras, as agências humanitárias estimam em 82 mil o número de deslocados internos, dos quais 27 mil em Duékoué.
As agências das Nações Unidas e as Organizações não Governamentais (ONG) intensificaram nos últimos dias a ajuda de emergência em Duékoué para onde o Programa Alimentar Mundial (PAM) encaminhou 85 toneladas de alimentos, e o ACNUR forneceu bens não alimentares tais como sabão, cobertores, esteiras e utensílios de cozinha.
Por seu lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu medicamentos e kits antimalária, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância apoiou a vertente nutrição, fornecendo alimentos fortificados e um material de saneamento.
A ONG « Acão Contra a Fome» anunciou que ela pretende entregar 24 tonleadas de material de emergência em Man, cidade vizinha de Duékoué, ao passo que o Comité Internacional da Cruz Vermelha descarregou 12 toneladas de material médico em Man e a Oxfam lançou um apelo a favor duma assistência de mais de 16 milhões de dólares americanos para conter a crise ivoiriense.
Vários outras ONG tais como a Médicos Sem Fronteiras, a Save the children, o Conselho Dinamarquês para os Refugiados (DRC), o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) e o Comité Internacional de Socorros (IRC), operam no país desde o início da crise.
-0- PANA SIL/SSB/FK/IZ 08abril2011
O plano de ação humanitário de emergência para a Côte d'Ivoire, lançado em janeiro último no valor de 32 milhões 700 mil dólares americanos, recebeu 16 milhões até ao presente.
Enquanto isso, a deterioração da situação, desde finais de fevereiro passado, poderá provocar um aumento das necessidades, visto que mais de 130 mil Ivoirienses fugiram para os países vizinhos desde dezembro do 2010, principalmente na Libéria onde eles estão avaliados em mais de 125 mil pessoas.
Segundo a mesma fonte, « apesar duma situação de segurança altamente precária, as organizações humanitárias intensificaram, nos últimos dias, a sua resposta humanitária, principalmente no oeste da Côte d'Ivoire, a fim de responder às inúmeras necessidades urgentes das populações civis visadas nos recentes confrontos », indica o OCHA num comunicado.
No entanto, prossegue a nota, resposta humanitária na capital económica, Abidjan, continua tímida, devido a dificuldades de acesso a vários bairros da cidade, palco principal das violências desde 30 de março último, apesar duma situação humanitária alarmante », indica o texto.
De acordo com o comunicado, « vários corpos invadem as ruas da cidade, bairros inteiros estão sem eletricidade nem água, ao passo que ela (população) está ameaçada por uma rutura de produtos de análise da água que poderá provocar, a partir de domingo próximo, uma rutura de água potável".
« Alimentar-se tornou-se difícil, pois os mercados e as lojas estão fechadas, os raros estabelecimentos comerciais, que ousam abrir antes do recolher obrigatório, aumentaram consideravelmente os seus preços », descreve o comunicado.
Por outro lado, prossegue, vários hospitais e outros estabelecimentos sanitários cessaram simplesmente de funcionar, e os raros deles em atividade sofrem de falta de pessoal médico, de medicamentos e doutros materiais básicos.
Segundo uma estimativa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 750 mil pessoas estariam deslocadas no interior do país, ao passo que, na parte ocidental ivoiriense confrontada com necessidades humanitárias urgentes de proteção, água e saneamento, alimentos e saúde, entre outras, as agências humanitárias estimam em 82 mil o número de deslocados internos, dos quais 27 mil em Duékoué.
As agências das Nações Unidas e as Organizações não Governamentais (ONG) intensificaram nos últimos dias a ajuda de emergência em Duékoué para onde o Programa Alimentar Mundial (PAM) encaminhou 85 toneladas de alimentos, e o ACNUR forneceu bens não alimentares tais como sabão, cobertores, esteiras e utensílios de cozinha.
Por seu lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu medicamentos e kits antimalária, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância apoiou a vertente nutrição, fornecendo alimentos fortificados e um material de saneamento.
A ONG « Acão Contra a Fome» anunciou que ela pretende entregar 24 tonleadas de material de emergência em Man, cidade vizinha de Duékoué, ao passo que o Comité Internacional da Cruz Vermelha descarregou 12 toneladas de material médico em Man e a Oxfam lançou um apelo a favor duma assistência de mais de 16 milhões de dólares americanos para conter a crise ivoiriense.
Vários outras ONG tais como a Médicos Sem Fronteiras, a Save the children, o Conselho Dinamarquês para os Refugiados (DRC), o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) e o Comité Internacional de Socorros (IRC), operam no país desde o início da crise.
-0- PANA SIL/SSB/FK/IZ 08abril2011