Agência Panafricana de Notícias

Organização reclama por direito à nacionalidade para negros da Mauritânia

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – "Não Toque na Minha Nacionalidade (TPMN)", uma organização estudantil próxima do movimento negroafricano, denunciou os novos critérios “discriminatórios” e ilegais aplicados pelas Comissões encarregues de inscrever as populações na Mauritânia, reclamando pelo direito à nacionalidade para os negros, indica uma declaração divulgada segunda-feira.

A operação de inscrição, em curso na Mauritânia desde 6 de maio de 2011, visa criar documentos de registo civil seguros para todas as populações e pôr termo à desordem constatada até aqui, segundo as autoridades.

O movimento TPMN protesta contra a não representação das populações negromauritanas no seio das comissões de inscrição.

As práticas incriminadas pela organização consistem em pedir aos Mauritanos negros candidatos à inscrição «os documentos de identidade dos pais » em violação do procedimento adotado no quadro da operação.

O TPMN é um movimento criado na sequência da operação de inscrição da população mauritana, que catalisou um movimento de ocupação das ruas em Nouakchott e em várias localidades do vale do rio Senegal a partir de junho de 2011 para denunciar « a exclusão » dos negros.

-0- PANA SAS/JSG/IBA/IZ /FK 24dez2012