Opositor deplora "défice de democracia" na Mauritânia

Nouackhott, Mauritânia (PANA) - O líder das Forças Progressitas para a Mudança (FPC), ex-Forças de Libertação Africana de Mauritânia (FLAM), Samba Thiam, deplorou terça-feira a situação política na Mauritania, cuja "democrátia está tomada como refém por uma junta militar disfarçada" há vários anos.

Falando durante uma conferência de imprensa, Thiam denunciou "um sistema iníquo e perigoso para a unidade nacional que trabalha para destruir qualquer formação de oposição credível desfazendo as bases da democracia e que conduz a Mauritânia para o pensamento único e um partido único, enquanto sem oposição, não há democracia".

A Mauritânia é atualmente liderada por Mohamed Ould Abdel Aziz, um general reformado chegado ao poder depois dum golpe de Estado militar a 6 de agosto de 2008, e que depois ganhou dois escrutínios presidenciais subsequentes (julho de 2009 e junho de 2014).

A direção da FPC, um movimento nacional negroafricano, regressou à Mauritânia em início de 2013, depois de 30 anos de exílio.

O pedido de reconhecimento do movimento enquanto partido político legal foi rejeitado pela administração.

Thiam e os seus camaradas intentaram junto do Tribunal Supremo um recurso por "abuso do poder".

-0- PANA SAS/TBM/SOC/MAR/IZ 20jan2016