PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Opositor congolês crítico ao cinquentenário do Congo
Paris- França (PANA) -- O presidente da União Congolesa para a Mudança e Acção (UCCA), Romain Bedel Soussa, declarou terça- feira em Paris que o seu país não soube, em 50 anos de independência, tirar melhor proveito dos seus grandes recursos humanos, mineiros e naturais.
"Que um país como o Congo chegue, após 50 anos de independência, a concluir o Programa Países Pobres Muito Endividados (PPAE), isto é um problema e traduz a profundidade da má governação que nós assola", lamentou durante entrevista à PANA.
Soussa sustentou que tudo leva a crer que o Congo teria um bilhante desenvolvimento da sua acessão à independência, a 15 de Agosto de 1960.
"O Congo é um país de apenas três milhões de habitantes, dotado de recursos naturais e mineiras suficientes, com uma elite intelectual bem formada.
No entanto, está hoje ao mesmo nível de desenvolvimento do que outros países africanos menos ricos.
É triste e desastroso", acrescentou o ex-conselheiro do Presidente Pascal Lissouba.
"Considero que, para o Congo, pelo menos, não há nada a celebrar.
Há 30 anos, o regime de Sassou [Dénis Sassou N'Guesso] erigiu um sistema político com base na predação e no clientelismo.
É portanto inoportuno falar da independência neste contexto", acrescentou.
Diversas associações francesas e africanas denunciam a celebração em Paris do cinquentenário das independências africanas, considerando este ato como a perpetuação da FrançÁfrica.
"Que um país como o Congo chegue, após 50 anos de independência, a concluir o Programa Países Pobres Muito Endividados (PPAE), isto é um problema e traduz a profundidade da má governação que nós assola", lamentou durante entrevista à PANA.
Soussa sustentou que tudo leva a crer que o Congo teria um bilhante desenvolvimento da sua acessão à independência, a 15 de Agosto de 1960.
"O Congo é um país de apenas três milhões de habitantes, dotado de recursos naturais e mineiras suficientes, com uma elite intelectual bem formada.
No entanto, está hoje ao mesmo nível de desenvolvimento do que outros países africanos menos ricos.
É triste e desastroso", acrescentou o ex-conselheiro do Presidente Pascal Lissouba.
"Considero que, para o Congo, pelo menos, não há nada a celebrar.
Há 30 anos, o regime de Sassou [Dénis Sassou N'Guesso] erigiu um sistema político com base na predação e no clientelismo.
É portanto inoportuno falar da independência neste contexto", acrescentou.
Diversas associações francesas e africanas denunciam a celebração em Paris do cinquentenário das independências africanas, considerando este ato como a perpetuação da FrançÁfrica.