PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Opositor congolês chamado a regressar à RDC por desrespeitar dever de reserva
Bruxelas, Bélgica (PANA) – A Justiça congolesa transmitiu a Jean-Joseph Mukendi, advogado do opositor congolês Moise Matumbi, uma convocação endereçada ao seu constituinte de apresentar-se ao Tribunal de Kinshasa por transgredir “o dever de reserva” que lhe foi imposto para ter a autorização de sair do país por razões médicas, em maio de 2016.
Segundo o advogado, contactado por telefone pela imprensa belga, o seu constituinte é julgado « por atentado contra a segurança interna e externa do Estado », e que também a autorização especial que lhe foi concedida para se tratar no estrangeiro fica anulada.
Moise Katumbi, que está há mais de um ano fora do Congo, foi então intimado a regressar à RDC para ser ouvido pela Justiça.
Recentemente, o ministro congolês da Justiça, Alexis Thambwe Mwamb, acusou Moise Katumbi de ter a nacionalidade italiana, o que os próximos do opositor desmentiram totalmente como sendo
uma tentativa suplementar do poder de impedir Moise Katumi de candidatar-se à Presidência da República.
A nacionalidade congolesa é exclusiva, nos termos da Constituição da RDC.
O caso de Moise Katumbi polariza a atualidade congolesa, ao ponto de eclipsar totalmente o caso trágico do líder carismático Etienne Tshisekedi, falecido aos 84 anos, a 1 de fevereiro último, e cujo corpo continua até agora numa agência funerária de Bruxelas.
É inédito na tradição congolesa que a família de um finado tenha terminado o luto (Kopanza matanga) enquanto o corpo do finado ainda não foi sepultado, configurando um sacrilégio.
O irmão de Etienne Tshisekedi, monsenhor Gérard Mulumba, afirmou que a família tinha comprado um terreno em Nselé onde seria erguido o mausoléu no qual repousarão os restos mortais do finado líder político.
Mas os seus apoiantes receiam que a sepultura, por se encontrar tão distante num bairro perdido de Kinshasa, poderá ser objeto de profanação por indivíduos instrumentalizados pelo poder.
Um mausoléu esteve em construção no cemitério de Gombe onde o governador de Kinshasa, André Kimbuta, pretendia sepultá-lo.
Na sequência das divergências com o poder, a família biológica e a família política de Tshisekedi decidiram construir um mausoléu na sede da UDPS em Limété. O arquiteto da obra, um cidadão belga, foi detido antes de ser liberto, “perdendo” mais de 30 mil dólares americanos que ele tinha em sua casa.
Suspeita-se que o poder congolês esteja a temer que o repatriamento do corpo de Etienne Tshisekedi posssa provocar derrapagens na sequência da movimentação de multidões de difícil contenção pelas forças da ordem, mesmo com o apoio da Missão Multimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da RDC (MONUSCO).
-0- PANA AK/IS/IBA/FK/IZ 30junho2017
Segundo o advogado, contactado por telefone pela imprensa belga, o seu constituinte é julgado « por atentado contra a segurança interna e externa do Estado », e que também a autorização especial que lhe foi concedida para se tratar no estrangeiro fica anulada.
Moise Katumbi, que está há mais de um ano fora do Congo, foi então intimado a regressar à RDC para ser ouvido pela Justiça.
Recentemente, o ministro congolês da Justiça, Alexis Thambwe Mwamb, acusou Moise Katumbi de ter a nacionalidade italiana, o que os próximos do opositor desmentiram totalmente como sendo
uma tentativa suplementar do poder de impedir Moise Katumi de candidatar-se à Presidência da República.
A nacionalidade congolesa é exclusiva, nos termos da Constituição da RDC.
O caso de Moise Katumbi polariza a atualidade congolesa, ao ponto de eclipsar totalmente o caso trágico do líder carismático Etienne Tshisekedi, falecido aos 84 anos, a 1 de fevereiro último, e cujo corpo continua até agora numa agência funerária de Bruxelas.
É inédito na tradição congolesa que a família de um finado tenha terminado o luto (Kopanza matanga) enquanto o corpo do finado ainda não foi sepultado, configurando um sacrilégio.
O irmão de Etienne Tshisekedi, monsenhor Gérard Mulumba, afirmou que a família tinha comprado um terreno em Nselé onde seria erguido o mausoléu no qual repousarão os restos mortais do finado líder político.
Mas os seus apoiantes receiam que a sepultura, por se encontrar tão distante num bairro perdido de Kinshasa, poderá ser objeto de profanação por indivíduos instrumentalizados pelo poder.
Um mausoléu esteve em construção no cemitério de Gombe onde o governador de Kinshasa, André Kimbuta, pretendia sepultá-lo.
Na sequência das divergências com o poder, a família biológica e a família política de Tshisekedi decidiram construir um mausoléu na sede da UDPS em Limété. O arquiteto da obra, um cidadão belga, foi detido antes de ser liberto, “perdendo” mais de 30 mil dólares americanos que ele tinha em sua casa.
Suspeita-se que o poder congolês esteja a temer que o repatriamento do corpo de Etienne Tshisekedi posssa provocar derrapagens na sequência da movimentação de multidões de difícil contenção pelas forças da ordem, mesmo com o apoio da Missão Multimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da RDC (MONUSCO).
-0- PANA AK/IS/IBA/FK/IZ 30junho2017