Oposição togolesa exclui boicote de presidenciais

Lomé- Togo (PANA) -- O secretário-geral da União das Forças de Mudança (UFC, oposição), Jean-Pierre Fabre, excluiu o boicote das eleições presidenciais de Fevereiro de 2010, apesar da insatisfação da reclamação por um escrutínio uninominal maioritário em duas voltas.
"Não falamos de boicote", afirmou Jean-Pierre Fabre, que falava num comício popular após uma marcha de protesto organizada no fim-de- semana em Lomé pelo seu partido.
"Mesmo a Coligação do Povo Togolês (partido no poder) não irá às presidenciais se o escrutínio em duas voltas não for restabelecido", indicou.
Face à obstinação do poder, que recusa alterar a Lei Eleitoral a alguns meses das presidenciais previstas para 28 de Fevereiro próximo, a UFC mantém a sua posição, indicando que "esta manifestação apenas é o início duma série de outras para exigir o restabelecimento do escrutínio em duas voltas como em 1998 e 2003".
O secretário-geral da União das Forças da Mudança apelou à população para a mobilização e velar por que o próximo escrutínio não seja manchado de fraudes que permitam à RPT, no poder há mais de 40 anos, continuar a governar o país em forma de monarquia.