Oposição sul-africana critica mandato do Presidente Ramaphosa à frente da UA
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O mandato do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, à frente da União Africana (UA), terminado no último fim de semana, não foi “inteiramente satisfatório”, afirma o partido da oposição oficial, Aliança Democrática (DA).
Ramaphosa passou o testemunho ao Presidente congolês, Félix Tshisekedi, no quadro da presidência rotativa da UA.
No início da semana passada, Ramaphosa declarou que a África do Sul foi honrada por ter dirigido e feito progredir a organização continental que demonstrou a sua unidade durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Ele notou que os esforços da África do Sul para reforçar a paz e segurança, o empoderamento económico das mulheres e o reforço da integração económica tiveram de ser imediatamente reorientados para lutar contra a pandemia.
No entanto, a Aliança Democrática notou que o balanço de Ramaphosa como presidente da UA foi caraterizado pela indiferença face à regressão democrática em vários países africanos e deferência para a “política dos líderes”
"De acordo com Ramaphosa, os Governos do continente adotaram o confinamento para lutar contra o coronavírus (covid-19), o que provocou violência contra os civis em nome do respeito deste confinamento pelas forças da ordem.
"Ramaphosa recuou e não advertiu das violações dos direitos humanos no continente”, declarou Darren Bergman, deputado da DA.
Ele acrescentou que a UA foi muito tempo percebida como uma organização que fecha os olhos às violações dos direitos humanos cometidas por líderes africanos, e “infelizmente, esta tendência persistiu sob o mandato do Presidente Ramaphosa”.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/FK/IZ 08fev2021