PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição sul-africana condena planos do Presidente para expropriar terras
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O anúncio pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, de uma proposta do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) para emendar a Constituição com vista a permitir a expropriação de terra sem indemnização suscitou uma forte reação condenatória da oposição que o chamou de "irresponsável".
O anúncio da proposta foi feito terça-feira à noite num discurso em que Cyril Ramaphosa analisou "os graves desafios que economia enfrenta" e como a futura emenda constitucional "pode ajudar a inverter o quadro, fazer avançar o desenvolvimento económico, aumentar a produção agrícola e a segurança alimentar".
“Ficou patente e claro que o nosso povo quer que a Constituição seja mais clara sobre a expropriação sem compensação tal como demonstrado nas auscultações públicas", declarou Ramaphosa.
O partido da Aliança Democrática (DA, oposição) considerou o anúncio de Ramaphosa "impiedoso e irresponsável", advertindo que o mesmo "vai alimentar o problema do desemprego".
“É realmente incompreensível que numa altura em que o desemprego voltou a subir para níveis de uma crise humanitária - os mais elevados em 15 anos - o ANC tenha decidido unir esforços para minar o crescimento económico e a criação de emprego", declarou o líder da DA, Mmusi Maimane.
Por seu turno, o partido dos Combatentes da Liberdade Económica (EFF, sigla em inglês), proponente inicial da medida, indicou que o anúncio de Ramaphosa "representa a capitulação às demandas do povo".
No início da semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que o debate sobre a expropriação "mina a credibilidade das prioridades do Governo para promover investimentos".
Segundo o FMI, a experiência internacional mostra que a reforma agrária deve centrar-se no aumento da produtividade agrícola, no melhoramento da administração da terra pelo reforço dos direitos de propriedade e na redução da pobreza.
-0- PANA CU/MA/IZ 02agosto2018
O anúncio da proposta foi feito terça-feira à noite num discurso em que Cyril Ramaphosa analisou "os graves desafios que economia enfrenta" e como a futura emenda constitucional "pode ajudar a inverter o quadro, fazer avançar o desenvolvimento económico, aumentar a produção agrícola e a segurança alimentar".
“Ficou patente e claro que o nosso povo quer que a Constituição seja mais clara sobre a expropriação sem compensação tal como demonstrado nas auscultações públicas", declarou Ramaphosa.
O partido da Aliança Democrática (DA, oposição) considerou o anúncio de Ramaphosa "impiedoso e irresponsável", advertindo que o mesmo "vai alimentar o problema do desemprego".
“É realmente incompreensível que numa altura em que o desemprego voltou a subir para níveis de uma crise humanitária - os mais elevados em 15 anos - o ANC tenha decidido unir esforços para minar o crescimento económico e a criação de emprego", declarou o líder da DA, Mmusi Maimane.
Por seu turno, o partido dos Combatentes da Liberdade Económica (EFF, sigla em inglês), proponente inicial da medida, indicou que o anúncio de Ramaphosa "representa a capitulação às demandas do povo".
No início da semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que o debate sobre a expropriação "mina a credibilidade das prioridades do Governo para promover investimentos".
Segundo o FMI, a experiência internacional mostra que a reforma agrária deve centrar-se no aumento da produtividade agrícola, no melhoramento da administração da terra pelo reforço dos direitos de propriedade e na redução da pobreza.
-0- PANA CU/MA/IZ 02agosto2018