PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição responsabiliza Governo por elevado endividamento de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, responsabilizou o Governo pelo elevado endividamento do país, classificado pela revista americana “Forbes” no 9º lugar entre os 10 países do mundo com maior volume de dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soube-se de fontes seguras.
O vice-presidente do MpD, Olavo Correia, disse aos jornalistas que o “elevado endividamento de Cabo Verde é consequência do aprofundamento dos desequilíbrios macroeconómicos e do fraco crescimento da economia”.
“A contínua acumulação do défice orçamental, da conta corrente e do endividamento potencia a incerteza sobre o quadro orçamental a ser seguido e tem consequências graves para a economia e a estabilidade social”, afirmou.
Olavo Correia considera que esta situação reduz também o potencial de crescimento da economia, aumenta as dificuldades de financiamento para as empresas, gera desemprego e provoca a redução do rendimento disponível e do bem-estar das populações.
O economista criticou também o Governo pelo facto de “continuar a responsabilizar o setor privado, os municípios e as famílias pela situação, acusando-os de não aproveitar as oportunidades criadas ou de dificultar o ambiente de negócios” em Cabo Verde.
O vice-presidente do MpD, partido que governou Cabo Verde entre 1991 e 2001, defendeu também que o Estado não pode continuar a estatizar a economia, seja nos transportes marítimos, na imobiliária ou noutros setores.
Olavo Correia, antigo secretário de Estado das Finanças e governador do Banco de Cabo Verde, disse que perante esta “má classificação” o Governo tem de "assumir as suas responsabilidades por inteiro agindo de forma correta, incisiva e rapidamente".
Neste sentido, ele afirmou que o seu partido exige ao Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) “mudanças de políticas orçamentais, de forma gradual, apostando num quadro fiscal de médio prazo consistente, na priorização, na eficiência e na rentabilidade na boa gestão das infraestruturas”.
O vice-presidente do maior partido da oposição criticou o aumento da dívida em percentagem do PIB e afirmou que o “elevado endividamento de Cabo Verde é consequência do aprofundamento dos desequilíbrios macroeconómicos e do fraco crescimento da economia”.
Face à situação de endividamento do país, o MpD aconselha o Governo a introduzir reformas estruturais nos domínios do Estado e da regionalização, da fiscalidade, da educação, da melhoria do ambiente de negócios, da redução dos custos de contexto, do financiamento, da unificação do mercado interno e sua ligação ao mundo.
Instando a comentar a classificação de Cabo Verde como o 9º país mais endividado do mundo, o primeiro-ministro cabo-verdiano desvalorizou-a, alegando ignorar se ela analisou a natureza da dívida pública cabo-verdiana.
José Maria Neves contrapôs que Cabo Verde está também no "top 10" dos países mais reformadores do "Doing Business" do Banco Mundial, no "top 5" da boa governação e no primeiro lugar como país mais estável do continente africano.
Segundo ele, a dívida cabo-verdiana é sustentável e o Governo está a investir no futuro ao contrair empréstimos investidos, sobretudo na infraestruturação do país.
-0- PANA CS/TON 13nov2013
O vice-presidente do MpD, Olavo Correia, disse aos jornalistas que o “elevado endividamento de Cabo Verde é consequência do aprofundamento dos desequilíbrios macroeconómicos e do fraco crescimento da economia”.
“A contínua acumulação do défice orçamental, da conta corrente e do endividamento potencia a incerteza sobre o quadro orçamental a ser seguido e tem consequências graves para a economia e a estabilidade social”, afirmou.
Olavo Correia considera que esta situação reduz também o potencial de crescimento da economia, aumenta as dificuldades de financiamento para as empresas, gera desemprego e provoca a redução do rendimento disponível e do bem-estar das populações.
O economista criticou também o Governo pelo facto de “continuar a responsabilizar o setor privado, os municípios e as famílias pela situação, acusando-os de não aproveitar as oportunidades criadas ou de dificultar o ambiente de negócios” em Cabo Verde.
O vice-presidente do MpD, partido que governou Cabo Verde entre 1991 e 2001, defendeu também que o Estado não pode continuar a estatizar a economia, seja nos transportes marítimos, na imobiliária ou noutros setores.
Olavo Correia, antigo secretário de Estado das Finanças e governador do Banco de Cabo Verde, disse que perante esta “má classificação” o Governo tem de "assumir as suas responsabilidades por inteiro agindo de forma correta, incisiva e rapidamente".
Neste sentido, ele afirmou que o seu partido exige ao Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) “mudanças de políticas orçamentais, de forma gradual, apostando num quadro fiscal de médio prazo consistente, na priorização, na eficiência e na rentabilidade na boa gestão das infraestruturas”.
O vice-presidente do maior partido da oposição criticou o aumento da dívida em percentagem do PIB e afirmou que o “elevado endividamento de Cabo Verde é consequência do aprofundamento dos desequilíbrios macroeconómicos e do fraco crescimento da economia”.
Face à situação de endividamento do país, o MpD aconselha o Governo a introduzir reformas estruturais nos domínios do Estado e da regionalização, da fiscalidade, da educação, da melhoria do ambiente de negócios, da redução dos custos de contexto, do financiamento, da unificação do mercado interno e sua ligação ao mundo.
Instando a comentar a classificação de Cabo Verde como o 9º país mais endividado do mundo, o primeiro-ministro cabo-verdiano desvalorizou-a, alegando ignorar se ela analisou a natureza da dívida pública cabo-verdiana.
José Maria Neves contrapôs que Cabo Verde está também no "top 10" dos países mais reformadores do "Doing Business" do Banco Mundial, no "top 5" da boa governação e no primeiro lugar como país mais estável do continente africano.
Segundo ele, a dívida cabo-verdiana é sustentável e o Governo está a investir no futuro ao contrair empréstimos investidos, sobretudo na infraestruturação do país.
-0- PANA CS/TON 13nov2013