PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição receia propagação da revolução árabe em Angola
Luanda, Angola (PANA) – A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), principal partido da oposição, advertiu segunda-feira da iminência no país de um movimento revolucionário idêntico ao surgido no mundo árabe se as forças policiais persistirem na repressão da população.
De acordo com um comunicado do seu Secretariado Executivo divulgado em Luanda, a UNITA constatou com “muita preocupação a atitude de total desrespeito à Constituição da República de Angola” pelas autoridades governamentais através do uso da violência contra cidadãos pacíficos.
A nota reagia às detenções ocorridas sábado na capital do país, Luanda, durante uma manifestação organizada por jovens estudantes que pretendiam protestar contra a falta de emprego para a juventude e a manutenção no poder do atual Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
No seu documento, o ex-movimento rebelde convertido em partido político acusa o Governo de Eduardo dos Santos de ter mandado “prender, depois de agredidos e feridos, dezenas de cidadãos cujo crime é apenas o exercício de um direito consagrado na Carta Magna do nosso país”.
“Se não manifestarem vontade política para profundas mudanças no tecido social, político e económico, os sistemas totalitários que insistirem em reprimir a sua população, como é o caso angolano, poderão seguir o mesmo fim dos países do Magrebe”, avisa a UNITA no seu comunicado.
No entender desta formação política fundada pelo defunto líder rebelde Jonas Savimbi, o uso da violência “não é a solução; apenas acirra contradições, criando um clima de tensão social que tem de ser evitado a todo o custo em nome da paz”.
Depois de analisar cuidadosamente os relatos referentes aos acontecimentos deste fim de semana, prossegue, a UNITA concluiu que os atos violentos cometidos “contra cidadãos no exercício dos seus direitos constitucionais resultam apenas do carácter brutal do regime”.
Estes atos revelam a “postura antidemocrática do regime de José Eduardo dos Santos” e tendem a “criar tensão numa sociedade já por si saturada de injustiças e da política de exclusão social que caracteriza o Executivo angolano”, pode ler-se documento.
Lembrando que as manifestações e outras formas de luta democrática são um direito constitucionalmente protegido em Angola, a nota exige, por isso, a “libertação incondicional e imediata de todos os detidos nas manifestações do dia 3 de setembro de 2011”.
Ao mesmo tempo, solidariza-se com as vítimas desta repressão e com as suas famílias, e apela à comunidade internacional, particularmente a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), e à sociedade civil para ajudarem a fazer respeitar os direitos humanos em Angola.
As primeiras informações postas a circular na capital angolana, mas ainda por confirmar, apontavam para mais de 50 jovens alegadamente violentados e detidos durante a repressão pelas forças da ordem da marcha de protesto organizada sábado por um grupo de estudantes universitários.
-0- PANA IZ 05set2011
De acordo com um comunicado do seu Secretariado Executivo divulgado em Luanda, a UNITA constatou com “muita preocupação a atitude de total desrespeito à Constituição da República de Angola” pelas autoridades governamentais através do uso da violência contra cidadãos pacíficos.
A nota reagia às detenções ocorridas sábado na capital do país, Luanda, durante uma manifestação organizada por jovens estudantes que pretendiam protestar contra a falta de emprego para a juventude e a manutenção no poder do atual Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
No seu documento, o ex-movimento rebelde convertido em partido político acusa o Governo de Eduardo dos Santos de ter mandado “prender, depois de agredidos e feridos, dezenas de cidadãos cujo crime é apenas o exercício de um direito consagrado na Carta Magna do nosso país”.
“Se não manifestarem vontade política para profundas mudanças no tecido social, político e económico, os sistemas totalitários que insistirem em reprimir a sua população, como é o caso angolano, poderão seguir o mesmo fim dos países do Magrebe”, avisa a UNITA no seu comunicado.
No entender desta formação política fundada pelo defunto líder rebelde Jonas Savimbi, o uso da violência “não é a solução; apenas acirra contradições, criando um clima de tensão social que tem de ser evitado a todo o custo em nome da paz”.
Depois de analisar cuidadosamente os relatos referentes aos acontecimentos deste fim de semana, prossegue, a UNITA concluiu que os atos violentos cometidos “contra cidadãos no exercício dos seus direitos constitucionais resultam apenas do carácter brutal do regime”.
Estes atos revelam a “postura antidemocrática do regime de José Eduardo dos Santos” e tendem a “criar tensão numa sociedade já por si saturada de injustiças e da política de exclusão social que caracteriza o Executivo angolano”, pode ler-se documento.
Lembrando que as manifestações e outras formas de luta democrática são um direito constitucionalmente protegido em Angola, a nota exige, por isso, a “libertação incondicional e imediata de todos os detidos nas manifestações do dia 3 de setembro de 2011”.
Ao mesmo tempo, solidariza-se com as vítimas desta repressão e com as suas famílias, e apela à comunidade internacional, particularmente a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), e à sociedade civil para ajudarem a fazer respeitar os direitos humanos em Angola.
As primeiras informações postas a circular na capital angolana, mas ainda por confirmar, apontavam para mais de 50 jovens alegadamente violentados e detidos durante a repressão pelas forças da ordem da marcha de protesto organizada sábado por um grupo de estudantes universitários.
-0- PANA IZ 05set2011