Oposição quer manifestar-se apesar de proibição na Guiné Conakry
Conakry, Guiné-Conakry - A circulação está fluida esta segunda-feira em várias artérias principais da capital guineense, Conakry, onde as populações decidiram ficar em casa, apesar do apelo para uma manifestação de protestos da Frente Nacional para a Defesa da Constituição (FNDC), proibida pelo Governo guineense.
Apesar da proibição da manifestação, a FNDC exortou as populações a sairem às ruas de Conakry e do interior do país para denunciarem “a vontade do Presidente guineense, Alpha Condé, de disputar um novo mandato”, depois do seu segundo e último mandato de cinco anos, que expira em outubro próximo.
"A FNDC vai obrigar, quando chegar o dia, Alpha Condé a deixar o poder”, lê-se em diferentes anúncios deste movimento composta por atores da sociedade civil,por artistas e por líderes políticos da oposição.
Face à determinação da FNDC a fazer sair seus simpatizantes às ruas, apesar da pandemia da covid-19 (coronavírus), de que a capital, Conakry, é o epicentro, o Governo diz-se pronto para reprimir os fora da lei.
Numa mensagem radiotelevisiva, domingo à noite, o ministro da Administração Territorial, o general Bourema Condé, advertiu os organizadores da manifestação.
O governante deplorou "as mensagens incendiárias" dos líderes da Frente antes de anunciar a proibição pura e simplesmente da manifestação programada que, segundo ele, “não foi autorizada por nenhuma autoridade autárquica.”
Para garantir a ordem pública, ele disse que todas as forças da ordem em todo o território nacional foram requisitadas.
As manifestações da FNDC, pretensamente pacíficas, descambam na violência, provocando a morte de vários manifestantes e de membros das forças da ordem.
-0- PANA ACJ/JSG/FK/DD 20julho2020