PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição organiza comício em Conakry apesar de interdições
Conakry, Guiné (PANA) - Partidos da oposição apelam aos seus militantes para fazerem um comício quarta-feira próxima em Conakry, constatou a PANA no local.
Este apelo contraria a interdição de todas as manifestações bem como o discurso de ano novo do Presidente Alpha Condé segundo o qual o Parlamento, mas não a rua, é o lugar adequado para se fazer reivindicações.
A emergência sanitária decretada no país, há vários meses devido à febre hemorrágica do vírus de Ébola, proíbe quaisquer manifestações públicas "até à nova ordem".
Durante um briefing com a imprensa, segunda-feira última, o porta-voz dos partidos membros da "oposição republicana", Aboubacar Sylla, disse que "todas as formalidades administrativas necessárias foram cumpridas" e que uma resposta positiva foi dada pelas autoridades, permitindo assim a organização do comício no Estádio de 28 de Setembro, o maior do país.
O líder da União das Forças da Mudança (UFC) disse que os partidos do bloco da oposição republicana decidiram instaurar uma trégua que dura, segundo ele, há oito meses, e que nenhuma iniciativa de início do diálogo foi tomada pelo Governo.
"Pusemos termo à trégua porque nos demos conta que em todo país, há agrupamentos dos cidadãos e dos partidos políticos. Tomando o mínimo de precaução, seria possível organizar os nossos comícios sem que isto agrave o nível de contaminação da febre hemorrágica do vírus de Ébola", frisou.
Há vários meses, estes partidos políticos exigem a recomposição da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), inicialmente chamada "paritária", integrada por dez membros da oposição, dez da maioria presidencial e cinco da administração.
Exigem igualmente a instauração do Conselho Constitucional, da Alta Autoridade da Comunicação (HAC), a retomada do censo geral da população encerrado há vários meses, mas de que contestam os resultados fornecidos por agentes do Ministério do Planeamento, organizador da operação.
Sylla disse que a oposição espera pela assinatura do levantamento das conclusões do diálogo terminado em julho último, mas não confirmado em nenhum documento oficial.
"Chegamos a um consenso que foi posto em causa pelo Presidente da República, Alpha Condé. Rejeitamos os membros do seu Governo e os da CENI que participaram todos no diálogo", denunciou.
Abordando a rejeição da CENI pela oposição republicana, o porta-voz do bloco disse que a instituição encarregue das eleições aproveitou um vazio para fazer todas as suas operações na perspetiva das próximas eleições.
O recrutamento dum novo operador técnico, uma das exigência da oposição, não parece satisfazer os partidos da oposição republicana que afirmam que a escolha de Gemalto, uma empresa francesa, não obedece a um concurso público, mas sim a um mercado de conveniência.
-0- PANA AC/BEH/SOC/MAR/DD 06jan2015
Este apelo contraria a interdição de todas as manifestações bem como o discurso de ano novo do Presidente Alpha Condé segundo o qual o Parlamento, mas não a rua, é o lugar adequado para se fazer reivindicações.
A emergência sanitária decretada no país, há vários meses devido à febre hemorrágica do vírus de Ébola, proíbe quaisquer manifestações públicas "até à nova ordem".
Durante um briefing com a imprensa, segunda-feira última, o porta-voz dos partidos membros da "oposição republicana", Aboubacar Sylla, disse que "todas as formalidades administrativas necessárias foram cumpridas" e que uma resposta positiva foi dada pelas autoridades, permitindo assim a organização do comício no Estádio de 28 de Setembro, o maior do país.
O líder da União das Forças da Mudança (UFC) disse que os partidos do bloco da oposição republicana decidiram instaurar uma trégua que dura, segundo ele, há oito meses, e que nenhuma iniciativa de início do diálogo foi tomada pelo Governo.
"Pusemos termo à trégua porque nos demos conta que em todo país, há agrupamentos dos cidadãos e dos partidos políticos. Tomando o mínimo de precaução, seria possível organizar os nossos comícios sem que isto agrave o nível de contaminação da febre hemorrágica do vírus de Ébola", frisou.
Há vários meses, estes partidos políticos exigem a recomposição da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), inicialmente chamada "paritária", integrada por dez membros da oposição, dez da maioria presidencial e cinco da administração.
Exigem igualmente a instauração do Conselho Constitucional, da Alta Autoridade da Comunicação (HAC), a retomada do censo geral da população encerrado há vários meses, mas de que contestam os resultados fornecidos por agentes do Ministério do Planeamento, organizador da operação.
Sylla disse que a oposição espera pela assinatura do levantamento das conclusões do diálogo terminado em julho último, mas não confirmado em nenhum documento oficial.
"Chegamos a um consenso que foi posto em causa pelo Presidente da República, Alpha Condé. Rejeitamos os membros do seu Governo e os da CENI que participaram todos no diálogo", denunciou.
Abordando a rejeição da CENI pela oposição republicana, o porta-voz do bloco disse que a instituição encarregue das eleições aproveitou um vazio para fazer todas as suas operações na perspetiva das próximas eleições.
O recrutamento dum novo operador técnico, uma das exigência da oposição, não parece satisfazer os partidos da oposição republicana que afirmam que a escolha de Gemalto, uma empresa francesa, não obedece a um concurso público, mas sim a um mercado de conveniência.
-0- PANA AC/BEH/SOC/MAR/DD 06jan2015