Agência Panafricana de Notícias

Oposição mauritana denuncia campanha contra Presidente destituído

Nouakchott- Mauritânia (PANA) -- Os opositores ao golpe de Estado de 6 de Agosto passado, na Mauritânia, reunidos no seio da aliança da Frente Nacional para a Defesa da Democracia (FNDD), denunciaram, quinta-feira, uma alegada campanha de provocação das autoridades militares contra o Presidente destituído, Sidi Mohamed Ould Cheikh Abdallahi.
Num comunicado divulgado em Nouakchott na sequência da organização, terça-feira, à frente da residência do Presidente destituído, de uma manifestação contra o seu regresso à capital e à cena política, o FNDD qualifica este incidente "de agressão" e responsabiliza os golpistas por tudo o que possa afectar a segurança de Ould Cheikh Abdallahi.
A FNDD lamenta igualmente a manutenção em detenção do antigo primeiro-ministro, Yahya Ould Ahmed Waghef, e dos seus companheiros, bem como as ameaças contra partidos membros da coligação na sequência duma manifestação contra os massacres da população da Faixa de Gaza que levou a confrontos entre forças policiais e manifestantes.
A frente atribui "a histeria" do poder militar ao fracasso da "mascarada" das jornadas nacionais de concertação organizadas de 27 de Dezembro de 2008 a 6 de Janeiro de 2009, e à aproximação da data de 5 de Fevereiro fixada pela comunidade internacional para a imposição de sanções de isolamento contra a Mauritânia.