Agência Panafricana de Notícias

Oposição ivoiriense insta Presidente Gbagbo à reforma antecipada

Abidjan- Côte d'Ivoire (PANA) -- O presidente da União para a Côte d'Ivoire (UPCI, oposição), Emmanuel Konan Gnamien, pediu a reforma antecipada de líderes políticos como o Presidente Laurent Gbagbo e os seus opositores Henri Konan Bédié e Alassane Ouattara "a fim de permitir o regresso da paz à Côte d'Ivoire".
Konan Gnamien falava sábado, em Yopougon, durante um comício de pré- campanha para as eleições presidenciais de 29 de Novembro próximo no país.
Para Gnamien, aquelas três personalidades são os co-responsáveis pela crise político-militar desencadeada em 2002 na Côte d'Ivoire.
Uma recente sondagem realizada pela firma "Tns Sofre" dá ao chefe de Estado ivoiriense Laurent Gbagbo 43 por cento das intenções de voto, contra 29 por cento para o líder do Partido Democrático da Côte d'Ivoire (PDCI), Henri Konan Bédié, e 28 por cento para o presidente da Coligação dos Republicanos (RDR), Alassane Ouattara.
Mas Gnamien fez dois níveis de leitura dos resultados desta sondagem onde o primeiro indicava que os Ivoirienses "estão satisfeitos" com a crise que perdura no país, e o segundo traduzia "uma vontade da Frente Popular Ivoiriense (FPI, no poder) de eliminar os candidatos incómodos às eleições presidenciais de 29 de Novembro próximo".
O presidente da UPCI apela a este propósito para a vigilância da comunidade internacional "para evitar que a Côte d'Ivoire volte a mergulhar no caos com estas eleições".
Para ele, a verdadeira sondagem é a taxa de insucesso nacional de 20,27 por cento nos exames de fim de estudos secundários (sessão de 2009), uma constatação que demonstra que "os dirigentes estão incapazes de gerir a educação".
"Isto deverá induzir a demissão do ministro da Educação Nacional, Bleu-Lainé Gilbert.
Em resumo, a governação deixa muito a desejar e prova evidente é a elegibilidade da Côte d'Ivoire au ponto de decisão da Iniciativa dos Países Pobres Altamente Endividados (PPTE)", acusou.
Após este diagnóstico, o presidente da UPCI, que se apresenta como "o candidato da mudança", orientou o seu programa de governo para a luta contra a corrupção, a promoção do mérito na gestão dos assuntos públicos, a luta contra o desemprego pelo direito ao emprego e à soberania alimentar entre outros.