PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição guineense apela a greve geral
Conakry, Guinée (PANA) – Os partidos da oposição guineenses apelaram para “um dia cidade morta” na próxima segunda-feira com vista a manifestar-se contra a vitória da Coligação do Povo da Guiné (RPG-arco-íris), no poder, nas eleições legislativas de 28 de setembro último, indica um comunicado transmitido à imprensa.
O líder da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG), Cellou Dalein Diallo, e os seus camaradas, que contestam a vitória da RPG, anunciaram que eles iriam informar o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que eles recusam aceitar os resultados, alegando que o partido no poder "não pode vencer as eleições sem falsificar os resultados".
Desde a divulgação do comunicado da oposição nas antenas das rádios comunitárias, os bancos começaram receber muitos clientes que querem abastecer-se nos mercados, nomeadamente o de Madina, o maior do país, onde a maioria dos comerciantes da etnia fula é simpatizante da UFDG, de Cellou Dalein Diallo, e sempre respeitou as decisões do seu líder.
Os líderes dos partidos da oposição anunciaram que eles vão reunir-se nos próximos dias para indicar claramente se eles vão integrarem ou não a nova Assembleia Nacional que substituirá o Conselho Nacional de Transição (CNT) instalado desde o golpe de Estado de 2008 na sequência da morte do general Lansana Conté, vítima de doença.
Desde a publicação, sexta-feira última, dos resultados pelo Tribunal Supremo que se diz incompetente para anular parcial ou totalmente o escrutínio como exigia a oposição, Cellou Diallo e os seus camaradas afirmaram estar dececionados com a decisão da mais alta instância jurídica, acusando esta de estar à mercê do poder.
Algumas horas após a publicação dos resultados, vários militantes e simpatizantes da oposição bloquearam as principais atérias de alguns bairros, no norte do subúrbio de Conakry, bastião dos partidos da oposição, nomeadamente da UFDG.
Visivelmente furiosos, os manifestantes incendiaram também pneus e despejeram lixo ao chão para protestar contra a vitória do partido no poder nas eleições legislativas.
A RPG obteve 53 dos 114 assentos, enquanto a UFDG tem 37 assentos, a União das Forças Repúblicas (UFR), do ex-primeiro-ministro Sidya Touré, conquistou 10 assentos.
O medianeiro, o representante especial na África Ocidental do Secretário-Geral das Nações Unidas, Said Djinitt, chegou algumas horas após a divulgação dos resultados à capital guineense, onde ele lembrou aos atores políticos os compromissos assumidos em julho último por cada uma das partes para a exclusão da violência antes, durante e depois do escrutínio.
Os partidos da oposição, que exerceram pressão antes, durante e depois do escrutínio, declararam que eles iriam enviar os seus militantes à rua se a eleição fosse ganha pela RPG, afirmando que esta formação política "só pode ganhar se ela falsificar os resultados".
As últimas eleições legislativas organizadas em 2002 tinham sido boicotadas pela maioria dos partidos da oposição, denunciando « falta de transparência ».
-0- PANA AC/AAS/IBA/FK/TON 21nov2013
O líder da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG), Cellou Dalein Diallo, e os seus camaradas, que contestam a vitória da RPG, anunciaram que eles iriam informar o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que eles recusam aceitar os resultados, alegando que o partido no poder "não pode vencer as eleições sem falsificar os resultados".
Desde a divulgação do comunicado da oposição nas antenas das rádios comunitárias, os bancos começaram receber muitos clientes que querem abastecer-se nos mercados, nomeadamente o de Madina, o maior do país, onde a maioria dos comerciantes da etnia fula é simpatizante da UFDG, de Cellou Dalein Diallo, e sempre respeitou as decisões do seu líder.
Os líderes dos partidos da oposição anunciaram que eles vão reunir-se nos próximos dias para indicar claramente se eles vão integrarem ou não a nova Assembleia Nacional que substituirá o Conselho Nacional de Transição (CNT) instalado desde o golpe de Estado de 2008 na sequência da morte do general Lansana Conté, vítima de doença.
Desde a publicação, sexta-feira última, dos resultados pelo Tribunal Supremo que se diz incompetente para anular parcial ou totalmente o escrutínio como exigia a oposição, Cellou Diallo e os seus camaradas afirmaram estar dececionados com a decisão da mais alta instância jurídica, acusando esta de estar à mercê do poder.
Algumas horas após a publicação dos resultados, vários militantes e simpatizantes da oposição bloquearam as principais atérias de alguns bairros, no norte do subúrbio de Conakry, bastião dos partidos da oposição, nomeadamente da UFDG.
Visivelmente furiosos, os manifestantes incendiaram também pneus e despejeram lixo ao chão para protestar contra a vitória do partido no poder nas eleições legislativas.
A RPG obteve 53 dos 114 assentos, enquanto a UFDG tem 37 assentos, a União das Forças Repúblicas (UFR), do ex-primeiro-ministro Sidya Touré, conquistou 10 assentos.
O medianeiro, o representante especial na África Ocidental do Secretário-Geral das Nações Unidas, Said Djinitt, chegou algumas horas após a divulgação dos resultados à capital guineense, onde ele lembrou aos atores políticos os compromissos assumidos em julho último por cada uma das partes para a exclusão da violência antes, durante e depois do escrutínio.
Os partidos da oposição, que exerceram pressão antes, durante e depois do escrutínio, declararam que eles iriam enviar os seus militantes à rua se a eleição fosse ganha pela RPG, afirmando que esta formação política "só pode ganhar se ela falsificar os resultados".
As últimas eleições legislativas organizadas em 2002 tinham sido boicotadas pela maioria dos partidos da oposição, denunciando « falta de transparência ».
-0- PANA AC/AAS/IBA/FK/TON 21nov2013