Oposição exige presidenciais livres e transparentes na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Vários milhares de pessoas manifestaram-se quinta-feira à tarde nas ruas de Nouakchott, exigindo "eleições presidenciais de 2019 livres, democráticos e transparentes” na Mauritânia, constatou a PANA.
Os manifestantes, entre nos quais Samory Ould Bey, secretário-geral da Central Livre dos Trabalhadores de Mauritânia (CLTM), formularam várias desideratos.
Eles exigem "uma reorganização paritária da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), composta atual e exclusivamente por personalidades favoráveis ao candidato apoiado pelo regime no poder, uma revisão do ficheiro eleitoral, a cessação das manipulações fraudulentas e do uso dos meios do Estado a favor dum candidato, a neutralidade das forças armadas, das forças de segurança e da administração pública, a cessação das promoções desenfreadas, de caráter político, no seio da alta administração”.
Os quatro candidatos mentores destas manifestações de quinta-feira são Biram Dah Ould Abeid, líder antiesclavagista (coligação SAWAB/RAG), o ex-primeiro-ministro Sidi Mohamed Ould Boubacar (1992 a 1996 e de 2005 a 2007), candidato independente (apoiado por uma parte da oposição), Mohamed Ould Maouloud, líder da União das Forças de Progressos (UFP) e líder da Coligação das Forças Democráticas para a Mudança (CFCD) "Mudemos de Época", e Kane Hamidou Baba, da coligação de movimentos de sensibilidade negro-africana.
Os manifestantes denunciaram "favores" de que beneficiou o candidato Mohamed Cheikh Ahmed Ghazouani, general na reforma e ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e ex-ministro da Defesa, apoiado pelo atual chefe de Estado, Mohamed Ould Abdel Aziz, sendo este último afetado pela limitação constitucional, a dois, do número de mandatos.
A agenda constitucional da Mauritânia prevê um escrutínio presidencial em junho de 2019.
-0- PANA SAS/TBM/SOC/MAR/DD 12abril2019