Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – A União para o Progresso e Mudança (UPC), principal partido da oposição do Burkina Faso, exigiu quarta-feira a demissão do ministro das Minas, Oumarou Idani, na sequência de um escândalo de fraude do ouro que implica a empresa mineira canadiana Iam Gold Essakane e o grupo Bolloré.
A Justiça burkinabe abriu um processo sobre este dossiê cujo julgamento foi adiado para outubro próximo, depois da sua abertura quarta-feira.
Segundo a oposição, trata-se de uma tentativa de exportação fraudulenta de metais preciosos no valor de 330 biliões de francos CFA (563 milhões 755 mil 500 dólares americanos), com uma cumplicidade ao mais alto nível do Estado.
A UPC “saudou esta ação forte da Justiça, bem como felicitou os jornalistas de investigação e os cidadãos engajados pelas ações que eles estão a fazer para a manifestação da verdade”, escreve o partido num comunicado, adiantando que o ministro das Minas suspeito de ter desempenhado um papel de primeiro plano neste caso, “deve apresentar a sua demissão sem delongas e colocar-se à disposição da Justiça”.
Na nota, a UPC pede ao Alto Tribunal de Justiça que examine com coragem e digilência o caso do ministro acusado por ser “sua responsabilidade diante da história e do povo burkinabe”.
-0- PANA TNDDT/BEH/SOC/FK/IZ 08ago2019