Oposição e sociedade civil exige fim do processo eleitoral no Togo
Lomé, Togo (PANA) – Um grupo de partidos políticos da oposição e organizações da sociedade civil do Togo, agrupados no seio de um movimento denominado “Forças Democráticas”, exigiu a suspensão do processo eleitoral para criar as condições de "um escrutínio credível", soube a PANA esta quinta-feira, em Lomé.
Esta plataforma reivindicativa pede um “diálogo republicano” entre o poder e a oposição, com o objetivo de “criar as condições de um escrutínio presidencial transparente e credível a ser organizado num clima sociopolítico pacífico”.
Por isso, exige a "suspensão imediata do processo eleitoral unilateral em curso, a fim de permitir discussões entre as partes envolvidas para um processo consensual”.
Para o efeito, propõe 18 medidas para a organização das eleições presidenciais, incluindo a reestruturação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), a recomposição do Supremo Tribunal, uma auditoria a todo o processo eleitoral e o desdobramento de um número suficiente de observadores eleitorais nacionais e internacionais do início até ao fim do processo.
Propõe igualmente o recenseamento dos eleitores, autarquia por autarquia, para constituir cadernos eleitorais prefeitorais e nacionais bem como a certificação dos resultados por uma estrutura competente das Nações Unidas, antes da sua publicação.
As Forças Democráticas solicitam ainda o apoio dos parceiros do Togo, bem como das forças vivas do país para a realização, em 2020, da alternância no Togo.
As eleições presidenciais, no Togo, devem realizar-se entre 19 de fevereiro e 5 de março de 2020, conforme datas indicativas do Tribunal Constitucional.
Entre as candidaturas já anunciadas figura a de Jean-Pierre Fabre, presidente da Aliança Nacional para a Mudança (ANC), principal partido da oposição, que não se associou a esta iniciativa das Forças Democráticas.
-0- PANA FAA/JSG/FK/IZ 14nov2019