Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A Coligação Vivre Ensemble (CVE), da oposição mauritana, denunciou a "detenção arbitrária" de vários dos seus ativistas, detidos no quadro de um movimento de contestação dos resultados e da vitória da primeira volta das últimas eleições presidenciais, no país.
A CVE resulta do Movimento Negroafricano que apoiou a candidatura de Kane Hamidou Baba às eleições presidenciais de 22 de junho de 2019, na Mauritânia, ganhas pelo atual chefe de Estado, Mohamed Ould Cheikh El Ghazouani.
Numa declaração publicada quarta-feira à noite, a CVE diz-se indignada com "a prisão arbitrária e prolongada" dos seus militantes, detidos durante o período pós-eleitoral e encarcerados, em Kaédi (430 quilómetros a Sudeste de Nouakchott), há quase 4 meses".
A declaração deplora "o agravamento das condições de detenção" destes ativistas, no quadro de um "processo vazio" cujo julgamento "nunca proferido um veredito".
O juiz da causa preferiu adiar a sentença para uma data posterior, quando o pedido de libertação provisória dos advogados de defesa foi rejeitado pelo mesmo juiz, refere o mesmo documento.
Assim, a CVE exige "um julgamento justo e equitativo e condena firmemente a atitude das autoridades mauritanas.
Os detidos da CVE observaram uma greve de fome, nos últimos dias.
-0- PANA SAS/DIM/IZ 10out2019