PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição considera economia cabo-verdiana em recessão
Praia, Cabo Verde (PANA) – O vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição em Cabo Verde), Olavo Correia, afirmou, quarta-feira, na cidade da Praia, que a economia cabo-verdiana fechou o primeiro semestre de 2013 com uma contração de dois porcento.
Este resultado confirma a tendência recessiva trazida de 2012, ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) conheceu uma retração de quatro porcento, indicou o economista, que entrou em junho passado para a nova direção do MpD, liderada por Ulisses Coreia e Silva.
Estes dados contrariam as previsões do Governo para um crescimento na ordem dos cinco porcento, de acordo com o cenário macroeconómico constante do Orçamento de Estado (OE) para 2013.
As previsões de Olavo Correia contrariam também as do Fundo Monetário Internacional (FMI) que, embora em abril passado tenha revisto em baixa a previsão de crescimento económico de Cabo Verde para 2013, devido à crise na Europa e ao aumento da concorrência no turismo, estimou o crescimento em 4,1 porcento para este ano.
"O crescimento deverá abrandar para 4,1 porcento" em 2013, escreve o FMI, que nas suas Perspetivas Económicas Mundiais, divulgadas em outubro do ano passado, estimava um crescimento do PIB cabo-verdiano em 4,3 porcento em 2013.
Numa conferência de imprensa destinada a analisar a situação económica e social do país, o vice-presidente do principal partido da oposição procurou mostrar que o cenário de crescimento de que o Governo e outras instituições falam não tem qualquer sustentação.
Para Olavo Correia, os cálculos de crescimento económico em relação a 2012 e as previsões para 2013, apresentados pelo Governo, "não merecem a credibilidade do MpD".
O economista, que já desempenhou, nos anos 90, o cargo de Governador do Banco de Cabo Verde (BCV, central), entre outros, garante que o MpD “tem capacidade interna de análise da conjuntura económica, a partir dos quais retira as suas próprias conclusões".
Olavo Correia disse não ter dúvidas de que os números que agora apresenta vão ser confirmados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), quando esta instituição apresentar, em tempo oportuno, as contas do Estado referentes aos períodos em análise.
O vice-presidente do MpD apresentou ainda outros dados que, na sua opinião, contrariam os números oficiais.
Ele apontou como exemplo os do desemprego e do sub-emprego, que teriam atingido 43 porcento da população, afetando, pelos seus cálculos, perto de 90 mil Cabo-verdianos.
Os dados oficiais mais recentes sobre o desemprego em Cabo Verde, apresentados pelo INE há cerca de um ano, indicavam uma taxa na ordem dos 12,2 porcento.
A análise da situação económica e social do país, pelo vice-presidente do MpD, ocorre num momento em que o Governo está a ultimar a elaboração do Orçamento de Estado para 2014.
Olavo Correia explicou que o propósito do MpD é, além de chamar a atenção para a situação de crise económica que o país atravessa e para os grandes desequilíbrios sociais que afetam os Cabo-verdianos, desafiar o Governo a adotar medidas de fundo para a resolução dos problemas que Cabo Verde enfrenta neste momento.
-0- PANA CS/IZ 03out2013
Este resultado confirma a tendência recessiva trazida de 2012, ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) conheceu uma retração de quatro porcento, indicou o economista, que entrou em junho passado para a nova direção do MpD, liderada por Ulisses Coreia e Silva.
Estes dados contrariam as previsões do Governo para um crescimento na ordem dos cinco porcento, de acordo com o cenário macroeconómico constante do Orçamento de Estado (OE) para 2013.
As previsões de Olavo Correia contrariam também as do Fundo Monetário Internacional (FMI) que, embora em abril passado tenha revisto em baixa a previsão de crescimento económico de Cabo Verde para 2013, devido à crise na Europa e ao aumento da concorrência no turismo, estimou o crescimento em 4,1 porcento para este ano.
"O crescimento deverá abrandar para 4,1 porcento" em 2013, escreve o FMI, que nas suas Perspetivas Económicas Mundiais, divulgadas em outubro do ano passado, estimava um crescimento do PIB cabo-verdiano em 4,3 porcento em 2013.
Numa conferência de imprensa destinada a analisar a situação económica e social do país, o vice-presidente do principal partido da oposição procurou mostrar que o cenário de crescimento de que o Governo e outras instituições falam não tem qualquer sustentação.
Para Olavo Correia, os cálculos de crescimento económico em relação a 2012 e as previsões para 2013, apresentados pelo Governo, "não merecem a credibilidade do MpD".
O economista, que já desempenhou, nos anos 90, o cargo de Governador do Banco de Cabo Verde (BCV, central), entre outros, garante que o MpD “tem capacidade interna de análise da conjuntura económica, a partir dos quais retira as suas próprias conclusões".
Olavo Correia disse não ter dúvidas de que os números que agora apresenta vão ser confirmados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), quando esta instituição apresentar, em tempo oportuno, as contas do Estado referentes aos períodos em análise.
O vice-presidente do MpD apresentou ainda outros dados que, na sua opinião, contrariam os números oficiais.
Ele apontou como exemplo os do desemprego e do sub-emprego, que teriam atingido 43 porcento da população, afetando, pelos seus cálculos, perto de 90 mil Cabo-verdianos.
Os dados oficiais mais recentes sobre o desemprego em Cabo Verde, apresentados pelo INE há cerca de um ano, indicavam uma taxa na ordem dos 12,2 porcento.
A análise da situação económica e social do país, pelo vice-presidente do MpD, ocorre num momento em que o Governo está a ultimar a elaboração do Orçamento de Estado para 2014.
Olavo Correia explicou que o propósito do MpD é, além de chamar a atenção para a situação de crise económica que o país atravessa e para os grandes desequilíbrios sociais que afetam os Cabo-verdianos, desafiar o Governo a adotar medidas de fundo para a resolução dos problemas que Cabo Verde enfrenta neste momento.
-0- PANA CS/IZ 03out2013