PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição considera custos de eletricidade em Cabo Verde mais caros do mundo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, acusou esta segunda-feira, no Parlamento, o Governo de ter falhado na sua política energética, o que, a seu ver, faz com que hoje o país tenha a eletricidade mais cara do mundo, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte parlamentar.
Ao intervir no debate sobre o desenvolvimento do setor energético, agendado a pedido do Executivo, o líder do MpD, Carlos Veiga, acusou o Governo de estar a “vender ilusões aos Cabo-verdianos”.
“Desde 2005, o senhor primeiro-ministro e os seus diversos ministros da Economia vêm prometendo resolver definitivamente os problemas de energia e água e nenhuma dessas promessas foi cumprida", acusou o presidente do maior partido da oposição.
Carlos Veiga recordou que o Governo de José Maria Neves havia prometido aos Cabo-verdianos baixar os custos da eletricidade e água e, nos dias de hoje, a realidade “é totalmente diversa”.
Em 2001, disse Carlos Veiga, o preço médio de eletricidade praticado pela Electra (empresa de produção de água e energia eléctrica) era de 14 escudos e 87 centavos (0,135 euros) por kilowatts/hora, enquanto, em 2011, este preço médio subiu para 29 escudos e 27 centavos (0,266 euros) por kilowatts/hora.
A seu ver, os custos “duplicaram-se em dez anos”.
Quanto à água, o deputado e líder do MpD revelou que o preço médio passou de 202 escudos e 17 centavos (cerca de 1,84 euros), em 2001, para 375 escudos (cerca de 3,4 euros) o metro cúbico, em 2011, representando “um aumento de 85 porcento”.
No dizer do líder da oposição, a política energética do Governo falhou, apesar de terem sido investidos nos últimos 12 anos mais de quatro milhões de contos (cerca de 36,6 milhões de euros).
O ministro do Turismo, Indústria e Energia, Humberto Brito , admitiu que os custos da eletricidade ainda estão “muito elevados” no arquipélago cabo-verdiano, justifiandoo fenómeno por “investimentos pesados”, cfeitos neste setor e cujos resultados, garantiu, serão vistos a “a médio e longo prazos”.
Brito anunciou o interesse de várias empresas estrangeiras pela privatização da empresa responsável pela produção da água e da energia elétrica em Cabo Verde (ELECTRA).
“Vamos privatizar a Electra, mas fá-lo-emos de forma transparente para que os Cabo-verdianos saibam que foi um processo transparente, limpo e a preço justo”, afirmou o governante.
O ministro recordou que a privatização desta empresa, na década de 90,, trouxe prejuízos ao país e que, só em termos de combustível, o “parceiro deixou uma dívida de cerca de 500 mil contos (cerca de 4,5 milhões de euros)”.
“Cerca de quatro milhões de contos (cerca de 36 milhões de euros) que fazem parte do passivo da Electra é também resultante deste processo de privatização”, revelou Humberto Brito.
Entretanto, mostrou-se otimista em relação ao futuro desta empresa que, segundo ele, continuando os investimentos feitos pelo Governo e com a atual gestão, daqui a dois ou três anos, será a “maior empresa do país capaz de movimentar mais de 50 mil contos (cerca de 454 mil euros) por dia”.
Brito que tutela igualmente o setor da energia anunciou que os investimentos realizados em centrais fotovoltaicas e parques eólicos para produzir energia limpa, já estão a ter impacto visível na poupança de divisas e na aquisição de combustíveis que o país não produz.
O Governo de Cabo Verde espera que, até 2020, metade das necessidades energéticas do arquipélago seja produzida a partir das energias renováveis, nomeadamente a partir do sol e do vento.
-0- PANA CS/DD 22abr2013
Ao intervir no debate sobre o desenvolvimento do setor energético, agendado a pedido do Executivo, o líder do MpD, Carlos Veiga, acusou o Governo de estar a “vender ilusões aos Cabo-verdianos”.
“Desde 2005, o senhor primeiro-ministro e os seus diversos ministros da Economia vêm prometendo resolver definitivamente os problemas de energia e água e nenhuma dessas promessas foi cumprida", acusou o presidente do maior partido da oposição.
Carlos Veiga recordou que o Governo de José Maria Neves havia prometido aos Cabo-verdianos baixar os custos da eletricidade e água e, nos dias de hoje, a realidade “é totalmente diversa”.
Em 2001, disse Carlos Veiga, o preço médio de eletricidade praticado pela Electra (empresa de produção de água e energia eléctrica) era de 14 escudos e 87 centavos (0,135 euros) por kilowatts/hora, enquanto, em 2011, este preço médio subiu para 29 escudos e 27 centavos (0,266 euros) por kilowatts/hora.
A seu ver, os custos “duplicaram-se em dez anos”.
Quanto à água, o deputado e líder do MpD revelou que o preço médio passou de 202 escudos e 17 centavos (cerca de 1,84 euros), em 2001, para 375 escudos (cerca de 3,4 euros) o metro cúbico, em 2011, representando “um aumento de 85 porcento”.
No dizer do líder da oposição, a política energética do Governo falhou, apesar de terem sido investidos nos últimos 12 anos mais de quatro milhões de contos (cerca de 36,6 milhões de euros).
O ministro do Turismo, Indústria e Energia, Humberto Brito , admitiu que os custos da eletricidade ainda estão “muito elevados” no arquipélago cabo-verdiano, justifiandoo fenómeno por “investimentos pesados”, cfeitos neste setor e cujos resultados, garantiu, serão vistos a “a médio e longo prazos”.
Brito anunciou o interesse de várias empresas estrangeiras pela privatização da empresa responsável pela produção da água e da energia elétrica em Cabo Verde (ELECTRA).
“Vamos privatizar a Electra, mas fá-lo-emos de forma transparente para que os Cabo-verdianos saibam que foi um processo transparente, limpo e a preço justo”, afirmou o governante.
O ministro recordou que a privatização desta empresa, na década de 90,, trouxe prejuízos ao país e que, só em termos de combustível, o “parceiro deixou uma dívida de cerca de 500 mil contos (cerca de 4,5 milhões de euros)”.
“Cerca de quatro milhões de contos (cerca de 36 milhões de euros) que fazem parte do passivo da Electra é também resultante deste processo de privatização”, revelou Humberto Brito.
Entretanto, mostrou-se otimista em relação ao futuro desta empresa que, segundo ele, continuando os investimentos feitos pelo Governo e com a atual gestão, daqui a dois ou três anos, será a “maior empresa do país capaz de movimentar mais de 50 mil contos (cerca de 454 mil euros) por dia”.
Brito que tutela igualmente o setor da energia anunciou que os investimentos realizados em centrais fotovoltaicas e parques eólicos para produzir energia limpa, já estão a ter impacto visível na poupança de divisas e na aquisição de combustíveis que o país não produz.
O Governo de Cabo Verde espera que, até 2020, metade das necessidades energéticas do arquipélago seja produzida a partir das energias renováveis, nomeadamente a partir do sol e do vento.
-0- PANA CS/DD 22abr2013
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