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Oposição congolesa insta UA a designar facilitador internacional para diálogo político

nshasa, RD Congo (PANA) – Os apoiantes do opositor Etienne Tshisekedi, presidente da União Para a Democracia e Progresso Social (UDPS), exortaram a presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, a designar um facilitador internacional para o diálogo político na RD Congo, indica um comunicado transmitido sexta-feira à PANA.

Segundo o comunicado, o facilitador terá por missão compor, de comum acordo com as duas partes abrangidas congolesas, as listas do comité preparatório do diálogo político transparente e inclusivo e convocá-lo e o seu trabalho deverá ser seguido por um plano que exige o respeito da Constituição e dos prazos constitucionais.

Os partidários de Tshisekedi consideram que Edem Kodjo foi investido duma missão exploradora para a organização do diálogo político convocado pelo Presidente Joseph Kabila e qualificaram que a sua missão está terminada depois da reunião que manteve a 4 de fevereiro último em Bruxelas, na Bélgica, com o líder da UDPS.

Contudo, Tshisekedi endereçou à presidente da Comissão da UA uma correspondência, datada de 26 de janeiro de 2016, na qual ele denuncia o caráter contraditório do procedimento da UA que contraria a sua visão de diálogo político.

Tshisekedi, precisa o comunicado, defende um diálogo político transparente e inclusivo com base no acordo quadro de Addis Abeba e nas duas resoluções subsequentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (2098 e 2211) com vista a prevenir que a longa crise de legitimidade provoque violência no país.

Designado pela presidente da Comissão da UA, Edem Kodjo, antigo secretário-geral da Organização da União Africana (OUA), terminou a primeira fase dos seus contatos com as autoridades e políticas congoleses sem anunciar as suas conclusões.

Convocado há oito meses pelo Presidente Joseph Kabila para alcançar um consenso sobre o processo eleitoral na RD Congo, o diálogo político está pendente a 10 meses do fim do mandato constitucional do chefe de Estado congolês e da organização de eleições presidenciais em novembro de 2016.

Apoiado pela maioria no poder e aceite sob algumas condições pela UDPS, o mais velho partido da oposição, o diálogo político é rejeitado por outras plataformas da oposição radical.

-0- PANA KON/IS/MAR/TON 12fevereiro2016