Oposição condena assassinato de cinco professores no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – A classe política burkinabe condenou o assassinato, sexta-feira à noite, de cinco professores, no distrito de Comin-Yanga, na província do Koulpelogo, no centro-este do Burkina Faso.
A União para o Progresso e Mudança (UPC), principal partido da oposição, apresentou as suas "vivas condolências" às famílias das vítimas e desejou rápidas melhoras aos feridos”.
Sublinhou que o momento "é muito grave" e que o país necessita de um Plano Marshal para a educação, numa estratégia global e vencedora contra os que declararam a guerra às populações.
Os ataques terroristas provocaram o encerramento de um milhar de escolas e mais de 150 mil crianças estão na rua, enquanto o ano letivo caminha para o fim e os exames devem começar dentro de algumas semanas.
Para o Movimento do Povo para o Progresso (MPP), partido no poder, a nação inteira solidariza-se e partilha a dor das famílias enlutadas, mas que a renúncia à luta contra o terrorismo está fora de questão.
"O nosso país pagará um preço alto da barbárie atroz e da desgraça, mas vai vencer este nebuloso terrorista que age sob as ordens de comanditários escondidos”, reagiu o MPP, lembrando que “as nossas forças de defesa já demostraram a sua eficácia e o seu profissionalismo durante a operação Otapuanu, no leste e no centro-leste do nosso país”.
O partido do Presidente indica que "já não é segredo para ninguém os objetivos perseguidos por estes indivíduos que visam apagar o nosso país do seu território e privar as nossas populações da terra caramente adquirida pelos nossos antepassados”.
A situação de segurança no Burkina Faso degradou-se, nomeadamente, nas regiões do norte e do leste abaladas por assassinatos dirigidos e raptos. Mais de 300 pessoas morreram nesses ataques, desde 2015.
-0- PANA TNDD/BEH/MAR/IZ 28abril2019