Oposição boicota diálogo com regime no poder no Togo
Lomé, Togo (PANA) – Partidos políticos da oposição boicotoram o diálogo com o poder, pouco depois da abertura do mesmo, constatou a PANA terça-feira à noite em Lomé.
"Vendo bem as coisas como estão neste preciso momento, estas discussões não darão o que pedimos”, declarou Jean-Pierre Fabre, líder da Aliança Nacional para a Mudança (ANC), principal partido político da oposição, que boicotou o encontro.
Para Brigitte Adjamgbo-Johnson, coordenadora da C14 e secretário-geral da CDPA, “voltaremos se tivermos a certeza de discutir sobre preocupações das populações. O que se falou atualmente lá, não nos interessa”.
Convocada pelo regime no poder, esta reunião alargada à participação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da Alta Autoridade do Audiovisual e Comunicação (HAAC), a membros do Governo e à oposição, tem por finalidade a criação dum comité de acompanhamento.
Mas, pouco depois de se iniciar, a ANC, a C14 e CAR boicotaram-no para denunciarem "um cinema" organizado pelo regime no poder.
A oposição, nestas reclamações, exige condições de transparência e equidade para as presidenciais, a recomposição da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), do Tribunal Constitucional e da Alta Autoridade do Audiovisual e Comunicação (HAAC).
Porém, nas últimas semanas, vários líderes da oposição reclamavam por um diálogo com o regime no poder para "eleições consensuais e credível”.
O Togo realizará eleições presidenciais no primeiro trimestre de 2020 às quais já foram registadas cerca de 10 candidaturas, das quais a do principal partido da oposição, a ANC, de Jean-Pierre Fabre.
A revisão das listas eleitorais está prevista para 29 de novembro a 1 de dezembro próximo, ao passo que o escrutínio, segundo o período indicativo proposto pelo Tribunal Constitucional, deverá ocorrer entre 19 de fevereiro e 5 de março próximos.
-0- PANA FAA/TBM/SOC/MAR/DD 19nov2019