PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição atribui queda de Cabo Verde na classificação da Fitch à má governação
Praia, Cabo Verde (PANA) - O presidente do Movimento para a Democracia (MpD), maior partido da oposição em Cabo Verde, disse, sexta-feira na cidade da Praia, que a queda do arquipélago no rating da agência de notação financeira Fitch "vem dar razão às criticas que tem feito à má governação do país", soube a PANA na cidade da Praia de fonte partidária.
Carlos Veiga afirmou, em conferência de imprensa, que a queda de Cabo Verde de posição estável (B ) para negativa (BB-) demonstra que o mercado internacional "deixou de acreditar no país", sublinhando que "a Fitch não só baixou a classificação do país no que respeita a alguns índices internacionais, como estimou que essa classificação pode baixar mais, pois degradou a apreciação geral de um país estável para negativo".
Para o líder do maior partido da oposição, as razões invocadas pela Fitch para baixar o rating de Cabo Verde vieram confirmar o que muitos, a começar pelo MpD, vêm dizendo e a avisando há muito tempo, sem serem escutados pelo Governo.
Além de denunciar o que considera ser a "degradação acelerada" da situação económica e financeira do país, Carlos Veiga apontou também o recurso às fontes de financiamento interno e o ajustamento estrutural de mais de 10 milhões de contos (cerca de 91 milhões de euros) em três anos como outra razão para o agravamento da situação económico-financeira do país.
"O Estado forçou os bancos a emprestar tanto dinheiro que não sobrou para o setor privado e agora já nem há para o próprio Estado. Isso vai obrigar a cortes nas despesas, despedimentos na função pública e, segundo consta também, a cortes radicais em investimentos públicos", denunciou.
O líder do MpD considera também que o mercado internacional deixou de acreditar e tenderá a acreditar cada vez menos na capacidade de Cabo Verde de “honrar os compromissos decorrentes dos empréstimos concedidos ao Estado e aos operadores privados e dos investimentos feitos no país".
Na perspetiva do maior partido da oposição, a situação é ainda mais grave ainda por esta degradação económico-financeira acontece num contexto em que as remessas dos emigrantes e o investimento direto estrangeiros tendem a diminuir e no momento em que o país, por ser de rendimento médio, deixou de ser elegível para beneficiar de donativos.
Na sua última perspetiva, a Fitch baixou de B para BB- a notação de Cabo Verde devido a um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) "significativamente mais fraco" do que as previsões, lembrando que a estimativa para o crescimento médio do PIB real de 2012 desceu quase para metade, passando dos 5,1% previstos para os 2,6%.
Numa primeira reação à baixa do "rating" de Cabo Verde decidida pela agência de notação Fitch, o primeiro-ministro cabo-verdiano considerou que não é uma boa notícia, mas desdramatizou-a, garantindo que está tudo sob controlo.
José Maria Neves sublinhou que os pressupostos da descida passam pela "escassez de dados referentes à agricultura e pescas" e lembrou que a dívida cabo-verdiana "não é igual à de alguns países da Europa".
-0- PANA CS/TON 13abril2013
Carlos Veiga afirmou, em conferência de imprensa, que a queda de Cabo Verde de posição estável (B ) para negativa (BB-) demonstra que o mercado internacional "deixou de acreditar no país", sublinhando que "a Fitch não só baixou a classificação do país no que respeita a alguns índices internacionais, como estimou que essa classificação pode baixar mais, pois degradou a apreciação geral de um país estável para negativo".
Para o líder do maior partido da oposição, as razões invocadas pela Fitch para baixar o rating de Cabo Verde vieram confirmar o que muitos, a começar pelo MpD, vêm dizendo e a avisando há muito tempo, sem serem escutados pelo Governo.
Além de denunciar o que considera ser a "degradação acelerada" da situação económica e financeira do país, Carlos Veiga apontou também o recurso às fontes de financiamento interno e o ajustamento estrutural de mais de 10 milhões de contos (cerca de 91 milhões de euros) em três anos como outra razão para o agravamento da situação económico-financeira do país.
"O Estado forçou os bancos a emprestar tanto dinheiro que não sobrou para o setor privado e agora já nem há para o próprio Estado. Isso vai obrigar a cortes nas despesas, despedimentos na função pública e, segundo consta também, a cortes radicais em investimentos públicos", denunciou.
O líder do MpD considera também que o mercado internacional deixou de acreditar e tenderá a acreditar cada vez menos na capacidade de Cabo Verde de “honrar os compromissos decorrentes dos empréstimos concedidos ao Estado e aos operadores privados e dos investimentos feitos no país".
Na perspetiva do maior partido da oposição, a situação é ainda mais grave ainda por esta degradação económico-financeira acontece num contexto em que as remessas dos emigrantes e o investimento direto estrangeiros tendem a diminuir e no momento em que o país, por ser de rendimento médio, deixou de ser elegível para beneficiar de donativos.
Na sua última perspetiva, a Fitch baixou de B para BB- a notação de Cabo Verde devido a um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) "significativamente mais fraco" do que as previsões, lembrando que a estimativa para o crescimento médio do PIB real de 2012 desceu quase para metade, passando dos 5,1% previstos para os 2,6%.
Numa primeira reação à baixa do "rating" de Cabo Verde decidida pela agência de notação Fitch, o primeiro-ministro cabo-verdiano considerou que não é uma boa notícia, mas desdramatizou-a, garantindo que está tudo sob controlo.
José Maria Neves sublinhou que os pressupostos da descida passam pela "escassez de dados referentes à agricultura e pescas" e lembrou que a dívida cabo-verdiana "não é igual à de alguns países da Europa".
-0- PANA CS/TON 13abril2013