PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oposição angolana diz-se surpreendida e elogia Presidente João Lourenço
Luanda, Angola (PANA) – A UNITA, principal partido da oposição em Angola, declarou-se surpreendida pela conduta do novo Presidente angolano, João Lourenço, e enalteceu o seu "patriotismo e coragem política para corrigir o que está mal”.
"(...) temos de reconhecer, o Presidente João Lourenço surpreendeu-nos", confessou o líder da UNITA, Isaías Samakuva, para quem o Presidente João Lourenço "parece ter entendido o clamor do povo por mudança".
“O Presidente João Lourenço parece ter entendido o clamor do povo por mudança, pelo que, nos primeiros 100 dias de governação, tem estado a dar alguns sinais de que pretende corresponder aos anseios dos Angolanos pela mudança”, declarou o líder da UNITA, Isaías Samakuva.
Para o chefe da oposição angolana, este patriotismo e coragem política de João Lourenço coloca "as forças da continuidade e do bloqueio à mudança" sem alternativa.
"Esta situação, naturalmente, coloca o Presidente da República mais próximo das aspirações do povo, tal como interpretadas pela UNITA, do que das forças de bloqueio no seio do Partido Estado", prosseguiu Samakuva num discurso proferido durante uma reunião partidária.
Segundo ele, estão enganadas as pessoas que afirmam, por isso, que o Presidente deixou a oposição sem discurso, porque "é exatamente o contrário".
"É o Presidente da República que vem ao encontro dos anseios do povo por mudança. E é assim que deve ser. Se o Presidente adota como agenda do Estado a agenda do povo, então, concretiza-se a democracia, porque democracia significa governo do povo, pelo povo e para o povo", sublinhou.
Agora, continuou, os Angolanos esperam que o Presidente passe das palavras para os atos.
"E nesse sentido, temos de reconhecer, o Presidente João Lourenço surpreendeu-nos, porque tendo sido eleito pela CNE a mando do Partido Estado, tem-se comportado até aqui como Presidente de uma República, e não como Presidente imposto por uma oligarquia que sequestrou o Partido Estado. Esperamos agora, que passe da teoria à prática", enfatizou.
Para Samakuva, o momento político no país é particularmente dramático porque após vários anos de má governação e já depois de consolidada a paz, "o país caiu numa crise generalizada sem precedentes".
"A corrupção foi institucionalizada e o Estado foi capturado por um partido político que com ele se confunde. Este partido, por sua vez, foi sequestrado e instituiu a oligarquia que controla a economia e funciona como força de bloqueio da sã concorrência e da fiscalização dos atos da oligarquia", indicou.
Nos últimos anos, prosseguiu, os crimes de peculato, quadrilha, fugas de capital e de corrupção "foram mesmo branqueados pelos poderes públicos à luz do dia, sendo as aplicações do produto do roubo rebatizadas de 'acumulação primitiva de capital' ou mesmo de investimentos privados".
"Tais práticas, junto com a impunidade dos agentes públicos envolvidos, agravaram os níveis de pobreza material e espiritual dos Angolanos e colocaram o nosso país no topo dos países mal governados do mundo", disse.
Isaías Samakuva lembrou que, pouco a pouco, ano após ano, o seu partido UNITA "foi denunciando este drama, contribuindo para a formação da opinião pública e da consciência nacional e política, rumo à mudança".
"Ativistas e outras forças da sociedade civil também o fizeram, até que, finalmente, os Angolanos estão a testemunhar, pela primeira vez, o MPLA (partido no poder) a fazer meia culpa e vir reconhecer, finalmente, que foi ele quem instituiu a corrupção em Angola", reforçou.
-0- PANA IZ 15dez2017
"(...) temos de reconhecer, o Presidente João Lourenço surpreendeu-nos", confessou o líder da UNITA, Isaías Samakuva, para quem o Presidente João Lourenço "parece ter entendido o clamor do povo por mudança".
“O Presidente João Lourenço parece ter entendido o clamor do povo por mudança, pelo que, nos primeiros 100 dias de governação, tem estado a dar alguns sinais de que pretende corresponder aos anseios dos Angolanos pela mudança”, declarou o líder da UNITA, Isaías Samakuva.
Para o chefe da oposição angolana, este patriotismo e coragem política de João Lourenço coloca "as forças da continuidade e do bloqueio à mudança" sem alternativa.
"Esta situação, naturalmente, coloca o Presidente da República mais próximo das aspirações do povo, tal como interpretadas pela UNITA, do que das forças de bloqueio no seio do Partido Estado", prosseguiu Samakuva num discurso proferido durante uma reunião partidária.
Segundo ele, estão enganadas as pessoas que afirmam, por isso, que o Presidente deixou a oposição sem discurso, porque "é exatamente o contrário".
"É o Presidente da República que vem ao encontro dos anseios do povo por mudança. E é assim que deve ser. Se o Presidente adota como agenda do Estado a agenda do povo, então, concretiza-se a democracia, porque democracia significa governo do povo, pelo povo e para o povo", sublinhou.
Agora, continuou, os Angolanos esperam que o Presidente passe das palavras para os atos.
"E nesse sentido, temos de reconhecer, o Presidente João Lourenço surpreendeu-nos, porque tendo sido eleito pela CNE a mando do Partido Estado, tem-se comportado até aqui como Presidente de uma República, e não como Presidente imposto por uma oligarquia que sequestrou o Partido Estado. Esperamos agora, que passe da teoria à prática", enfatizou.
Para Samakuva, o momento político no país é particularmente dramático porque após vários anos de má governação e já depois de consolidada a paz, "o país caiu numa crise generalizada sem precedentes".
"A corrupção foi institucionalizada e o Estado foi capturado por um partido político que com ele se confunde. Este partido, por sua vez, foi sequestrado e instituiu a oligarquia que controla a economia e funciona como força de bloqueio da sã concorrência e da fiscalização dos atos da oligarquia", indicou.
Nos últimos anos, prosseguiu, os crimes de peculato, quadrilha, fugas de capital e de corrupção "foram mesmo branqueados pelos poderes públicos à luz do dia, sendo as aplicações do produto do roubo rebatizadas de 'acumulação primitiva de capital' ou mesmo de investimentos privados".
"Tais práticas, junto com a impunidade dos agentes públicos envolvidos, agravaram os níveis de pobreza material e espiritual dos Angolanos e colocaram o nosso país no topo dos países mal governados do mundo", disse.
Isaías Samakuva lembrou que, pouco a pouco, ano após ano, o seu partido UNITA "foi denunciando este drama, contribuindo para a formação da opinião pública e da consciência nacional e política, rumo à mudança".
"Ativistas e outras forças da sociedade civil também o fizeram, até que, finalmente, os Angolanos estão a testemunhar, pela primeira vez, o MPLA (partido no poder) a fazer meia culpa e vir reconhecer, finalmente, que foi ele quem instituiu a corrupção em Angola", reforçou.
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