PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Oponente congolês Moïse Katumbi sob mandado de captura
Kinshasa, RD Congo (PANA) - As autoridades congolesas anunciaram quinta-feira a emissão de um mandado de captura internacional contra o opositor Moïse Katumbi, ex-governador do Katanga que pretendia candidatar-se às eleições presidenciais de 23 de dezembro próximo.
Esta medida foi anunciada pelo ministro congolês da Justiça, Alexis Thambwe Mwamba, para quem Katumbi é um "fugitivo sob mandado de detenção internacional" que nunca quis retornar à República Democrática do Congo (RDC), onde a Polícia o esperava para detê-lo.
Aliado e depois adversário do Presidente (congolês) Joseph Kabila, o antigo governador do Katanga insiste, por seu turno, que foi impedido de regressar ao país via Zâmbia, entre 3 e 4 de agosto deste ano, para formalizar a sua candidatura às eleições presidenciais.
Katumbi diz ter ido até ao posto fronteiriço de Kasumbalesa, onde teria encontrado a fronteira congolesa fechada e com a "um significativo dispositivo de segurança".
"O Ministério Público emitiu um mandado de detenção internacional contra Katumbi", disse o ministro da Justiça durante uma conferência de imprensa da coligação no poder, a Frente Comum do Congo (FCC).
De acordo com o ministro, Katumbi "nunca cruzou a barreira da Zâmbia para entrar na zona neutra e chegar à fronteira do Congo. Foi um show que ele organizou. Se ele quisesse entrar no território, ele teria sido autorizado, com a missão de executar o mandado de prisão que foi emitido contra ele pelo procurador-geral", detalhou Alexis Thambwe Mwamba.
Katumbi disse inicialmente que o seu avião foi impedido de aterrar em Lubumbashi (sudeste) proveniente da África do Sul, quando se estabeleceu finalmente em Ndola, no norte da Zâmbia.
"Se ele tivesse pedido o direito de aterrar em Lubumbashi, nós teríamos autorizado e tê-lo-íamos detido à saída do avião", insistiu o ministro da Justiça.
Mas um dos colaboradores de Katumbi identificado como Delly Sessanga declarou à imprensa que o opositor congolês está atualmente em Windhoek, Namíbia, onde também se encontra o Presidente congolês, Joseph Kabila.
"Se eles quiserem prendê-lo, podem fazê-lo", disse Delly Sessanga a jornalistas no dia em que o Presidente Kabila chegou a Windhoek para a 38ª cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Sessanga indicou que "todos os líderes" da oposição congolesa exigiram, na noite de segunda-feira, o regresso de Moïse Katumbi a Kinshasa para participar nas eleições presidenciais.
Os seus partidários recorreram ao Conselho de Estado para solicitar o seu regresso e o depósito do seu processo de candidatura, mesmo depois da data limite, 8 de agosto.
O ex-governador da província do Katanga, muita rica em minérios, passou para a oposição em setembro de 2015, e deixou a RDC em maio de 2016 por razões médicas.
Na sua ausência, ele foi condenado a três anos de prisão num caso de alegada "espoliação imobiliária", mas ele interpôs recurso contra a decisão.
Num outro processo, ele é acusado de "atentar contra a segurança do Estado" mediante um suposto recrutamento de mercenários, tendo o Tribunal Supremo marcado o seu julgamento para 10 de outubro próximo.
As autoridades congolesas, que proíbem oficialmente a dupla nacionalidade, também acusam Moïse Katumbi de ter obtido a nacionalidade italiana.
-0- PANA IZ 17ago2018
Esta medida foi anunciada pelo ministro congolês da Justiça, Alexis Thambwe Mwamba, para quem Katumbi é um "fugitivo sob mandado de detenção internacional" que nunca quis retornar à República Democrática do Congo (RDC), onde a Polícia o esperava para detê-lo.
Aliado e depois adversário do Presidente (congolês) Joseph Kabila, o antigo governador do Katanga insiste, por seu turno, que foi impedido de regressar ao país via Zâmbia, entre 3 e 4 de agosto deste ano, para formalizar a sua candidatura às eleições presidenciais.
Katumbi diz ter ido até ao posto fronteiriço de Kasumbalesa, onde teria encontrado a fronteira congolesa fechada e com a "um significativo dispositivo de segurança".
"O Ministério Público emitiu um mandado de detenção internacional contra Katumbi", disse o ministro da Justiça durante uma conferência de imprensa da coligação no poder, a Frente Comum do Congo (FCC).
De acordo com o ministro, Katumbi "nunca cruzou a barreira da Zâmbia para entrar na zona neutra e chegar à fronteira do Congo. Foi um show que ele organizou. Se ele quisesse entrar no território, ele teria sido autorizado, com a missão de executar o mandado de prisão que foi emitido contra ele pelo procurador-geral", detalhou Alexis Thambwe Mwamba.
Katumbi disse inicialmente que o seu avião foi impedido de aterrar em Lubumbashi (sudeste) proveniente da África do Sul, quando se estabeleceu finalmente em Ndola, no norte da Zâmbia.
"Se ele tivesse pedido o direito de aterrar em Lubumbashi, nós teríamos autorizado e tê-lo-íamos detido à saída do avião", insistiu o ministro da Justiça.
Mas um dos colaboradores de Katumbi identificado como Delly Sessanga declarou à imprensa que o opositor congolês está atualmente em Windhoek, Namíbia, onde também se encontra o Presidente congolês, Joseph Kabila.
"Se eles quiserem prendê-lo, podem fazê-lo", disse Delly Sessanga a jornalistas no dia em que o Presidente Kabila chegou a Windhoek para a 38ª cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Sessanga indicou que "todos os líderes" da oposição congolesa exigiram, na noite de segunda-feira, o regresso de Moïse Katumbi a Kinshasa para participar nas eleições presidenciais.
Os seus partidários recorreram ao Conselho de Estado para solicitar o seu regresso e o depósito do seu processo de candidatura, mesmo depois da data limite, 8 de agosto.
O ex-governador da província do Katanga, muita rica em minérios, passou para a oposição em setembro de 2015, e deixou a RDC em maio de 2016 por razões médicas.
Na sua ausência, ele foi condenado a três anos de prisão num caso de alegada "espoliação imobiliária", mas ele interpôs recurso contra a decisão.
Num outro processo, ele é acusado de "atentar contra a segurança do Estado" mediante um suposto recrutamento de mercenários, tendo o Tribunal Supremo marcado o seu julgamento para 10 de outubro próximo.
As autoridades congolesas, que proíbem oficialmente a dupla nacionalidade, também acusam Moïse Katumbi de ter obtido a nacionalidade italiana.
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