PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Operadores de telefonia contra cessão de frequências a novos concorrentes no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) – As três maiores empresas de telefonia móvel no Burundi coligaram-se, quarta-feira, contra uma decisão "unilateral" da Agência de Regulação e Controlo das Telecomunicações (ARCT, governamental) que exigiu delas a cedência, antes do fim do ano de 2010, de uma parte das suas frequências a novos operadores.
As filiais internacionais da Africell e da Leo (ex-TELECEL Burundi) bem como o Gabinete Nacional de Telefonia Móvel (ONAMOB, uma subsidiária da operadora local de telefonia fixa) deixaram, por enquanto, de lado as suas rivalidades comerciais habituais para comunicar publicamente à ARCT a sua recusa de cederem, sem compensações financeiras, as suas frequências a novos operadores no mercado local "já saturado pelas novas tecnologias de informação e comunicação".
A decisão das operadoras foi anunciada numa conferência de imprensa conjuntamente organizada quarta-feira, na capital burundesa, Bujumbura.
Conta-se atualmente seis operadoras de telefonia móvel e duas candidatas num mercado já saturado por mais de um milhão de assinantes e um volume de negócios de cerca de 50 biliões de francos burundeses (cerca de 50 milhões de dólares americanos), soube-se de fonte próxima da ARCT.
A operadora líder Leo reivindica sozinha 90 porcento do total dos assinantes do serviço de telefonia móvel em todo o território nacional onde está implantada desde os anos 1990.
De acordo com a secretária-geral da Leo, Félicité Niragira, a ARCT pede a cessão de pelos menos dois megahertz da banda de frequência e que uma tal injunção custaria à empresa até 32 milhões de dólares americanos.
"Estes dois megahertz estão configurados nos equipamentos há 10 anos e apenas podem ser reordenados se a ARCT aceitar pagar o preço", avisou a responsável da Leo, notando que uma tal redução da banda de frequência "causaria outros constrangimentos aos assinantes que poderão não mais comunicar à vontade como antes".
Os assinantes do serviço de telefonia móvel já se queixavam da saturação crónica das redes e da falta de ’’interconexão devido à concorrência".
Muitos são os cidadãos avisados que sempre questionaram por que as autoridades reguladoras das telecomunicações no país "raramente dizem não aos novos solicitantes de licença num mercado de telefonia móvel restrito que pode ser satisfeito com um só operador".
Recorde-se que a telefonia móvel tem, no entanto, revolucionado os costumes das populações do Burundi onde o telefone móvel toca tanto na cidade como na aldeia mais recôndita do país.
Pelo contrário, a Internet continua o parente pobre das novas tecnologias de informação e comunicação com uma taxa de penetração fraca e díspar.
Por outro lado, o projeto de fibra ótica já operacional no vizinho Ruanda continua na fase de conceção no Burundi e as principais operadoras móveis revoltadas contra a ARCT ameaçaram claramente retirar-se do seu financiamento se as suas bandas de frequências já instaladas forem mexidas.
-0- PANA FB/TBM/CJB/IZ 01Dez2010
As filiais internacionais da Africell e da Leo (ex-TELECEL Burundi) bem como o Gabinete Nacional de Telefonia Móvel (ONAMOB, uma subsidiária da operadora local de telefonia fixa) deixaram, por enquanto, de lado as suas rivalidades comerciais habituais para comunicar publicamente à ARCT a sua recusa de cederem, sem compensações financeiras, as suas frequências a novos operadores no mercado local "já saturado pelas novas tecnologias de informação e comunicação".
A decisão das operadoras foi anunciada numa conferência de imprensa conjuntamente organizada quarta-feira, na capital burundesa, Bujumbura.
Conta-se atualmente seis operadoras de telefonia móvel e duas candidatas num mercado já saturado por mais de um milhão de assinantes e um volume de negócios de cerca de 50 biliões de francos burundeses (cerca de 50 milhões de dólares americanos), soube-se de fonte próxima da ARCT.
A operadora líder Leo reivindica sozinha 90 porcento do total dos assinantes do serviço de telefonia móvel em todo o território nacional onde está implantada desde os anos 1990.
De acordo com a secretária-geral da Leo, Félicité Niragira, a ARCT pede a cessão de pelos menos dois megahertz da banda de frequência e que uma tal injunção custaria à empresa até 32 milhões de dólares americanos.
"Estes dois megahertz estão configurados nos equipamentos há 10 anos e apenas podem ser reordenados se a ARCT aceitar pagar o preço", avisou a responsável da Leo, notando que uma tal redução da banda de frequência "causaria outros constrangimentos aos assinantes que poderão não mais comunicar à vontade como antes".
Os assinantes do serviço de telefonia móvel já se queixavam da saturação crónica das redes e da falta de ’’interconexão devido à concorrência".
Muitos são os cidadãos avisados que sempre questionaram por que as autoridades reguladoras das telecomunicações no país "raramente dizem não aos novos solicitantes de licença num mercado de telefonia móvel restrito que pode ser satisfeito com um só operador".
Recorde-se que a telefonia móvel tem, no entanto, revolucionado os costumes das populações do Burundi onde o telefone móvel toca tanto na cidade como na aldeia mais recôndita do país.
Pelo contrário, a Internet continua o parente pobre das novas tecnologias de informação e comunicação com uma taxa de penetração fraca e díspar.
Por outro lado, o projeto de fibra ótica já operacional no vizinho Ruanda continua na fase de conceção no Burundi e as principais operadoras móveis revoltadas contra a ARCT ameaçaram claramente retirar-se do seu financiamento se as suas bandas de frequências já instaladas forem mexidas.
-0- PANA FB/TBM/CJB/IZ 01Dez2010