Agência Panafricana de Notícias

Ocidente acusado de financiar conspiração contra Mugabe

Harare- Zimbabwe (PANA) -- O vice-ministro zimbabweano da Segurança, Sydney Sekeramayi, denunciou quinta-feira que alguns países ocidentais "reservaram" mais de 700 milhões de dólares americanos para destruir o regime do Presidente Robert Mugabe.
De acordo com Sekeramayi, apesar da cooptação pelo Presidente Robert Mugabe dos seus adversários no Governo, os países ocidentais opostos a ele "tentam sempre destituí-lo".
Ele explicou que os países ocidentais financiavam várias Organizações não Governamentais, grupos da imprensa e políticos privados para reforçar a oposição e causar a sua destituição.
No entender do responsável zimbabweano, a maioria dos países ocidentais, particularmente a ex-potência colonial britânica e os Estados Unidos, "estão ferozmente opostos a Mugabe desde os seus confiscos das fazendas de Brancos no início desta década para reinstalar Negros sem terras".
Esta medida de confisco de terras aos fazendeiros brancos do país, vigorosamente contestada pelo Ocidente, mergulhou o Zimbabwe na instabilidade política, levando os países da sub-região a obrigar Mugabe a integrar os seus adversários num Governo de Coligação em Fevereiro último a fim de restabelecer a estabilidade.
Mas Sekeramayi sublinhou que as grandes potências não renunciaram no entanto às suas tentativas de derrubar Mugabe e investiram mais de 700 milhões de dólares através das ONG, da imprensa privada e dos grupos da oposição, para atingir este objectivo.
"Os maiores investimentos de fundos ocidentais no Zimbabwe não vão para o desenvolvimento, mas para as pretensas intervenções humanitárias concebidas para condicionar as massas a fim de que elas aceitem uma mudança ilegal de regime", insistiu.
Por outro lado, disse, estas intervenções têm um orçamento que ultrapassa os 700 milhões de dólares americanos, o que mostra os investimentos enormes consentidos para desestabilizar o Zimbabwe, prosseguiu o vice-ministro para a Segurança.