Observadores internacionais chegam ao Togo para presidenciais
Lomé, Togo (PANA) – Perto de 300 observadores internacionais chegaram ao Togo para as eleições presidenciais de sábado, 22 de fevereiro, soube a PANA de fontes oficiais sexta-feira, em Lomé.
Quinta-feira, os observadores foram recebidos pelo chefe da diplomacia togolesa, Robert Dussey.
Entre estes observadores, figuram 79 da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderados pelo antigo Presidente serraleonês, Ernest Bai Koroma, e 45 da União Africana (UA), chefiados pelo antigo Presidente malgaxe, Heru Rajaonarimanpianina.
Além destas duas instituições, que têm o maior número de observadores, há os do Conselho do Entendimento (10), da CEN-SAD (17) e das Nações Unidas (14).
Cerca de 115 observadores foram acreditados pelas diferentes missões diplomáticas, nomeadamente, França, Estados Unidos, União Europeia, Alemanha, Itália, Espanha, Nigéria, Angola, Coreia do Sul e Grupo de Embaixadores africanos.
No plano nacional, assinala-se três mil observadores das organizações da sociedade civil.
O Governo recusou-se, pelo contrário, a acreditar o Conselho Episcopal Justiça e Paz do Togo, uma estrutura do Conselho Episcopal do Togo (CET, igreja católica), desde 16 de janeiro, alegando que a igreja é partidária e julgando as suas fontes de financiamento “obscuras”.
Além da Igreja Católica, a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), a 72 horas do escrutínio, anulou a acreditação da Concertação Nacional da Sociedade Civil (CNSC) e exortou os peritos do Instituto Nacional Democrático (NDI) a deixarem o território togolês o mais rápido possível.
O Governo togolês duvida da neutralidade destes observadores, soube-se de fontes oficiais.
A recusa de acreditar o Conselho Episcopal do Togo (CET), a anulação da acreditação da CNSC e a expulsão do NDI suscitam vivos comentários.
Para partidos políticos e organização da sociedade civil, o poder instituído convida os seus amigos para observar as presidenciais.
Críticas virulentas são endereçadas à CEDEAO, às vezes desacreditada pelos Togoleses durante eleições.
Sábado, 22 de fevereiro, os Togoleses vão às urnas para eleger o seu novo Presidente.
Sete candidatos estão em liça dos quais três favoritos, incluindo o cessante Faure Essozimna Gnassingbe, no poder desde 2005, depois da morte do seu pai Eyadema, que passou 38 anos no poder.
Outros favoritos são Jean-Pierre Fabre, líder da Aliança Nacional para a Mudança (ANC), e Gabriel Messan Agbéyomé Kodjo, ex-primeiro-ministro sob Eyadéma, e presidente do Movimento Patriótico para a Democracia e Desenvolvimento (MPDD).
-0- PANA FAA/JSG/MAR/IZ 21fev2020