PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Observadores europeus apresentam relatório crítico sobre eleições no Quénia
Bruxelas, Bélgica (PANA) - O chefe da Missão Eleitoral Europeia no Quénia, Marietje Schaake, eurodeputada holandesa, apresentou quinta-feira à imprensa o relatório final da missão que liderou no Quénia, formulando críticas à classe política nacional.
A apresentação do relatório teve lugar em Bruxelas, quando devia realizar-se, em Nairobi, capital queniana.
Receando um relatório negativo sobre o desenrolar do escrutínio, a Embaixada queniana recusou-se a conceder um visto à eurodeputada.
"O processo eleitoral foi manchado pelos líderes políticos por terem atacado as instituições independentes", sublinha o relatório da Missão Eleitoral Europeia.
Os resultados do primeiro escrutínio presidencial organizado em agosto passado foram invalidados pelo Tribunal Supremo do Quénia, o que levou à organização, em novembro, de um segundo sufrágio que terminou a favor do Presidente cessante, Uhuru Kenyatta, confirmando assim os resultados da primeira votação.
Entre os dois escrutínios, confrontos graves eclodiram provocando pelo menos 90 mortos, sobretudo entre os apoiantes do opositor Raila Odinga, durante violentas manifestações reprimidas pelas forças da ordem.
Para a missão de observação eleitoral europeia, o sistema eletrónico instaurado para limitar as possibilidades de fraudes terá finalmente alimentado as acusações de fraudes, nomeadamente "testes insuficientes em termos de capacidade e segurança".
Diplomatas africanos acreditados em Bruxelas revelaram que, para a Comissão Eleitoral Queniana, "prevaleceu o bom senso", em vez duma nova anulação das presidenciais que teria "inevitavelmente" causado nova onda de violência.
-0- PANA AK/IS/MAR/IZ 12jan2018
A apresentação do relatório teve lugar em Bruxelas, quando devia realizar-se, em Nairobi, capital queniana.
Receando um relatório negativo sobre o desenrolar do escrutínio, a Embaixada queniana recusou-se a conceder um visto à eurodeputada.
"O processo eleitoral foi manchado pelos líderes políticos por terem atacado as instituições independentes", sublinha o relatório da Missão Eleitoral Europeia.
Os resultados do primeiro escrutínio presidencial organizado em agosto passado foram invalidados pelo Tribunal Supremo do Quénia, o que levou à organização, em novembro, de um segundo sufrágio que terminou a favor do Presidente cessante, Uhuru Kenyatta, confirmando assim os resultados da primeira votação.
Entre os dois escrutínios, confrontos graves eclodiram provocando pelo menos 90 mortos, sobretudo entre os apoiantes do opositor Raila Odinga, durante violentas manifestações reprimidas pelas forças da ordem.
Para a missão de observação eleitoral europeia, o sistema eletrónico instaurado para limitar as possibilidades de fraudes terá finalmente alimentado as acusações de fraudes, nomeadamente "testes insuficientes em termos de capacidade e segurança".
Diplomatas africanos acreditados em Bruxelas revelaram que, para a Comissão Eleitoral Queniana, "prevaleceu o bom senso", em vez duma nova anulação das presidenciais que teria "inevitavelmente" causado nova onda de violência.
-0- PANA AK/IS/MAR/IZ 12jan2018